Vilão brasileiro e algoz de Neymar, Zúñiga tem histórico disciplinado

  • Por Bruno Oliveira/Jovem Pan
  • 05/07/2014 11h40
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AFP Zúñiga acerta joelhada desleal em Neymar na partida entre Brasil e Colômbia

Titular da Colômbia em quatro jogos nesta Copa do Mundo, Camilo Zúñiga foi peça importante na brilhante campanha realizada pela equipe comandada por José Pekerman. Entretanto, não é por seu bom desempenho em território brasileiro que o lateral direito ficará marcado. Autor da joelhada que quebrou vértebra do atacante Neymar nesta sexta-feira, o atleta deixa o País sendo considerado “inimigo público” por muitos, mesmo não tendo histórico violento.

Atualmente em uma das melhores fases de sua carreira, Juan Camilo Zúñiga Mosquera não é um jogador com histórico agressivo. O já experiente jogador, de 28 anos, acumula apenas três expulsões ao longo de sua carreira, que teve início no futebol profissional em 2005. Conforme dados divulgados pelo site Soccerway, o colombiano disputou 325 partidas nos últimos nove anos e recebeu 27 cartões entre amarelos e vermelhos.

Revelado pelo Atlético Nacional em 2005, Zúñiga rapidamente se consolidou como uma das maiores promessas do futebol de seu país. Logo em seu primeiro ano entre os profissionais, foi convocado pelo treinador Reinaldo Rueda para defender a Colômbia e, inclusive, foi escalado como titular em amistoso contra os Estados Unidos. Ao todo, são 56 jogos e um gol pela seleção.

A versatilidade e a velocidade sempre foram o ponto alto do estilo de jogo do lateral direito, que já chegou a atuar pela esquerda, na zaga e no meio-campo. Essas características levaram o colombiano ao futebol italiano, onde atuou pelo Siena (2008-2009) e, desde 2009, defende o Napoli. Inclusive, já foi envolvido em rumores sobre transação ao Barcelona, clube pelo qual joga Neymar.

Em sua primeira participação em uma Copa do Mundo, Zúñiga esteve em campo nos duelos com Grécia, Costa do Marfim, Uruguai e Brasil, sendo todos como titular. Apenas contra o Japão, em partida válida pela terceira rodada da fase de grupos, o lateral direito foi poupado pelo técnico argentino José Pekerman.

Segundo dados divulgados pela Federação Internacional de Futebol Associado (Fifa), o jogador colombiano não está entre os mais faltosos desta Copa. Além disso, não recebeu nenhum cartão nos quatro confrontos que esteve em campo. O já eliminado iraniano Andranik Timotian, com 12 faltas, é o atleta mais indisciplinado do torneio até este momento.

Apesar dos bons números e do desempenho apresentado neste Mundial, Zúñiga deixa o Brasil sendo destacado pela dura falta cometida em Neymar. No lance, ocorrido aos 42 minutos da etapa complementar, quando o Brasil já vencia por 2 a 1, o lateral direito acertou joelhada nas costas do atacante e acabou quebrando uma vértebra do rival, o tirando do restante da competição.

“Nunca tive a intenção de causar mal ao jogador. Dentro de campo temos que jogar firme. Foi uma partida assim, queríamos marcar, estava um jogo quente, o Brasil estava entrando forte, isso é normal. Espero que não seja nada grave, vamos torcer a Deus. Espero que se recupere. Torço a Deus que não seja na grave, pois ele é um grande talento não só para sua seleção, como para o mundo”, afirmou Zúñiga sobre o lance.

Poucas horas depois da confirmação da lesão de Neymar, a Fifa divulgou que já analisa o vídeo do lance que causou a quebra da vértebra do atacante. Conforme a porta-voz da entidade sediada na Suíça, Delia Fischer, a decisão será tomada também através do relatório feito pelo árbitro espanhol Carlos Velasco, que sequer marcou falta na jogada.  

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