Wallyson volta a brilhar na Libertadores e coloca Bota na fase de grupos

  • Por EFE
  • 06/02/2014 00h22
EFE Wallyson brilha e coloca Botafogo na fase de grupos da Libertadores

Artilheiro da Taça Libertadores de 2011 pelo Cruzeiro, o atacante Wallyson viveu na noite desta quarta-feira o melhor momento da carreira ao marcar três gols na vitória do Botafogo sobre o Deportivo Quito por 4 a 0 no Maracanã e ajudar a equipe a se classificar para a fase de grupos do torneio continental.

Depois de ter sido o maior goleador da Libertadores de três anos atrás, Wallyson conviveu com lesões, se tornou coadjuvante na Raposa e teve passagens apagadas por São Paulo e Bahia. Contratado pelo Alvinegro para esta temporada, o jogador de 25 voltou a brilhar justamente na competição que o consagrou e ajudou a equipe da estrela solitária no grupo 2, com Independiente del Valle, também do Equador, Unión Española-CHI e San Lorenzo-ARG. Henrique, nos acréscimos do segundo tempo, deixou o dele e fechou a conta.

De volta ao torneio após 18 anos, o time dirigido por Eduardo Hungaro estreará na próxima fase na próxima terça-feira, diante do atual campeão argentino, novamente no Maracanã.

Com relação ao time que jogou em Quito, o técnico Eduardo Hungaro fez nesta quarta apenas uma alteração, a saída do volante Rodrigo Souto. O escolhido para entrar foi o atacante Wallyson, que levou a melhor na disputa com o meia Daniel. O lateral Lucas os volantes Airton e Mario Bolatti continuam entregues ao departamento médico.

O Bota mostrou que a pressão sobre o Deportivo aconteceria desde o pontapé inicial. Logo aos dois minutos de jogo, Júlio César levantou da esquerda e, livre, Lodeiro cabeceou muito perto da trave direita.

Os levantamentos na área foram bastante usados pelo Alvinegro ao longo do confronto. Aos dez minutos, Lodeiro cobrou falta, Dória se posicionou bem e cabeceou rente ao travessão.

Opção de velocidade pelos lados do campo, Wallyson enganou alguns torcedores, que chegaram a gritar “gol” aos 14. Um pouco na habilidade, um pouco na raça, o artilheiro da Libertadores de 2011 ganhou pela direita e, na sobra, acertou a rede, mas pelo lado de fora.

O gol dos donos da casa ia amadurecendo. Após o escanteio de Edilson, Ferreyra subiu mais que a zaga e cabeceou na trava direita. Dória ainda se esticou todo tentando completar para a rede, mas não conseguiu.

A defesa do Deportivo tinha problemas para marcar Ferreyra nas jogadas pelo alto. Aos 25 minutos, após mais um escanteio, o centroavante se antecipou no primeiro pau e arrematou de cabeça rente ao poste direito.

O time visitante se soltou por alguns instantes, mas, na jogada mais perigosa, Vega mandou a bola na arquibancada, aos 30. Feraud fez bela inversão da direita para a esquerda até o meia, que acelerou pela esquerda e bateu por cima.

O Bota não se deixou intimidar e enfim abriu o placar cinco minutos depois. Acostumado a lançar, Jorge Wagner foi lançado por Edilson na entrada da área e ajeitou de cabeça para a direita. Wallyson acertou um lindo sem pulo e estufou a rede.

A pressão alvinegra continuou, e o segundo poderia ter acontecido ainda antes do intervalo, mas os equatorianos conseguiram se segurar. Jorge Wagner até acertou a trave, aos 44, mas a arbitragem marcou falta de Ferreyra no goleiro Ramírez.

A segunda etapa começou com um susto na torcida no Maracanã. Logo aos dois minutos, Estupiñan foi lançado livre no contra-ataque, mas Jefferson saiu bem do gol, tirou do atacante a ainda ganhou dividida no meio. Dória completou o serviço afastando com um chutão.

Não passou apenas de um lance isolado, e o Botafogo continuava sendo o dono da bola. Contudo, as finalizações foram se tornando escassa. Aos 20 minutos, Wallyson rompeu a inércia arriscando do bico esquerdo da área, mas mais uma vez a bola nateu no lado de fora da área.

Mas a noite era mesmo do camisa 19. Logo na sequência, aos 21, Elias, que entrara instantes antes, tocou para Lodeiro, que colocou Wallyson para correr. Ele invadiu a área, cortou a marcação e chutou no cantinho esquerdo, tirando de Ramírez.

A essa altura, um gol ainda classificaria o Deportivo, que até tentava se fazer presente no ataque, mas não mostrava muita força. E, no contra-ataque, o time anfitrião mostrava que mais cedo ou mais tarde mataria o confronto. Aos 30, Júlio César tabelou pela esquerda e rolou para Lodeiro, que encobriu a meta.

O gol não saiu talvez porque a bola não tenha sido colocada nos pés de Wallyson, que marcou o terceiro dele aos 34. Após mais um lançamento de Elias, o atacante acelerou com liberdade e tocou por baixo de Ramírez.

Com o adversário na lona, o Alvinegro precisava apenas trocar passes no campo de ataque e esperar o apito final, mas ainda teve tempo para marcar o quarto. Aos 48 minutos, depois de confusão na área, Henrique aproveitou rebote e tocou para o gol já com o goleiro caído.

Ficha técnica:

Botafogo: Jefferson; Edilson, Bolívar, Dória e Júlio César; Marcelo Mattos, Gabriel, Wallyson (Henrique), Jorge Wagner (Rodrigo Souto) e Lodeiro; Ferreyra (Elias). Técnico: Eduardo Hungaro.

Deportivo Quito: Ramírez; Chinga, Romero, Bonjour e Vayas; Olivo (Bravo), Andrade, Vega e Feraud (Morales); Calderón e Estupiñan (Lara). Técnico: Juan Carlos Garay.

Árbitro: Silvio Trucco (Argentina), auxiliado pelos compatriotas Hernan Maidana e Juan Belatti.

Cartões amarelos: Edilson e Marcelo Mattos (Botafogo); Calderón, Estupiñan e Romero (Deportivo Quito).

Gols: Wallyson (3x) e Henrique (Botafogo).

Estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro. EFE

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