Warner diz que governo trinitino o pressionou a aceitar extradição
Redação Central, 12 jun (EFE).- O ex-presidente da Fifa, Jack Warner, disse nesta sexta-feira que foi pressionado pelo governo de Trinidad e Tobago, para que ele renunciasse ao direito de rejeitar o pedido de extradição apresentado pelos Estados Unidos, que quer julgá-lo pelo envolvimento de escândalo de corrupção na Fifa.
Em entrevista coletiva, o parlamentar, que teve ordem de detenção emitida pela Interpol, afirmou que membros do partido do governo, Congresso Nacional Unido (UNC, na sigla em inglês), foram os responsáveis por pedir que Warner aceite ir para os EUA.
O antigo comandante da Concacaf, citou nominalmente a primeira-ministra do país, Kamla Persad Bissessar, e o ministro de Assuntos Legais, Prakash Ramadhar, como duas das lideranças locais que deveriam estar reinvindicando processá-lo em território nacional.
“Por que Prakash Ramadhar, que pertence a um partido político que não ganhará nenhuma cadeira nas próximas eleições, me pede para que eu renuncie ao meu direito de desafiar ao pedido dos EUA?”, indagou Warner.
“Não sou o primeiro doador de fundos do UNC a quem se emitiu ordem de extradição por parte do governo dos EUA: e também não sou o primeiro doador eleito que se opõe a esse pedido”, completou o parlamentar, que após deixar a sigla, fundou o próprio partido.
Warner é um dos 14 acusados no recente escãndalo que sacudiu a Fifa, e durante a entrevista coletiva, assegurou que não irá pedir favores das autoridades locais, para se manter lutando para evitar a extradição.
“Não estou tentando fugir ou escapar da minha responsabilidade de comparecer perante à justiça. Só quero que se faça justiça”, garantiu o ex-dirigente, que acusou o UNC de querer evitar que ele divulgue “favores financeiros” que políticos receberam nos últimos anos. EFE
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.