WTorre abre processo na arbitragem contra o Palmeiras e o Avanti

  • Por Lancepress
  • 07/08/2015 17h57
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SÃO PAULO, SP, 19.11.2014: BRASILEIRO/PALMEIRAS-SPORT - Torcedores - Partida entre Palmeiras x Sport, válida pela 35ª rodada do Campeonato Brasileiro de Futebol 2014, no estádio Allianz Parque, nesta quarta-feira (19), em São Paulo. (Foto: Ernesto Rodrigues/Folhapress) Folhapress Palmeiras cai para Sport em abertura do Allianz Parque; veja imagens

A WTorre abriu um processo contra o Palmeiras por conta do Avanti. A construtora não concorda com os descontos dados pelo programa de sócio-torcedor do clube, que tem atrapalhado a venda de suas cadeiras cativas no Allianz Parque.
A informação foi inicialmente divulgada pelo site da ESPN, e confirmada pelo LANCE!.

A empresa quer mudar a política de valores para os membros do programa, carro-chefe da gestão de Paulo Nobre. O Avanti hoje tem cerca de 130 mil associados, e dá descontos em entradas do novo Palestra Itália em praticamente todos os planos. Ao mesmo tempo, a WTorre vende parte de suas cadeiras e tem considerado que seu projeto está sendo ofuscado pelo programa de sócios-torcedores. 

A relação entre os parceiros é ruim, e as cadeiras do estádio são motivo de discussão entre as partes desde antes do estádio abrir, tanto que a divisão dos assentos motivou a primeira discussão na arbitragem. O Verdão considera que a WTorre tem direito a comercializar 10 mil cadeiras especiais do estádio, sendo o restante do clube. A construtora, por sua vez, alega que é dona de todas as cadeiras. O temor do Verdão é de que se a empresa vencer a disputa, atrapalhará, justamente, o Avanti.

Recentemente, o gramado do novo Palestra Itália foi motivo de nova discussão entre as partes, que vão “dividir” o estádio pelos próximos 30 anos. No primeiro semestre, o clube chegou a criar o “Camarote Avanti”, mas o projeto foi vetado pela WTorre, que por contrato tem o direito de comercializar os camarotes do estádio. Procurados, tanto o clube quanto a construtora não quiseram se pronunciar.

WTORRE x PALMEIRAS

Cadeiras

É o ponto central da primeira discussão na arbitragem. O Palmeiras diz que a WTorre tem o direito de comercializar apenas 10 mil cadeiras especiais do Allianz Parque, enquanto a construtora acredita que pode vender 100% dos assentos. O atrito começou por uma interpretação dúbia do contrato, válido por 30 anos, e hoje está sendo discutido na arbitragem. A empresa começou a vender as cadeiras especiais e aguarda a decisão judicial para comercializar o restante. A arena está sendo aberta para cerca de 40 mil pessoas.

Camarote

A falta de entendimento entre as partes gerou uma saia justa em maio: Paulo Nobre convocou uma entrevista coletiva para anunciar a criação do Camarote Avanti, que levaria sócios-torcedores do clube para verem jogos no Allianz Parque com extremo conforto e sempre com a presença de um ídolo – o primeiro seria Evair. Parte da cúpula da WTorre ficou sabendo da novidade pela imprensa. A construtora é responsável por comercializar os camarotes e vetou a iniciativa para não desvalorizar seus produtos.

Datas

O contrato estabelece que a WTorre tem prioridade para agendar eventos. Isso significa que se a construtora quiser marcar um show para o dia de uma decisão importante jogada pelo Palmeiras, o clube nada poderá fazer. Se tivesse conquistado o direito de jogar em casa contra Corinthians, na semifinal do Campeonato Paulista, o Verdão seria obrigado a atuar em outro estádio devido ao show de Roberto Carlos. Entre setembro e outubro, o time pode perder até quatro partidas em casa, já na reta final de Brasileiro e Copa do Brasil.

Gramado

O péssimo estado do gramado da arena após o Paulista serviu de munição para que o Palmeiras criticasse a administração da WTorre. A construtora paga a World Sports, empresa especializada, para fazer a manutenção do campo. A terceirizada culpou o excesso de eventos pelo estado atual da grama, algo assumido pela WTorre. O Palmeiras treinaria na arena antes do jogo contra o Goiás, mas desistiu, atendendo a pedido da parceira. Antes de pegar o Flu, o clube não aceitou a orientação e acertou concessões com a parceira para realizar a atividade lá.

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