Zaccheroni desconversa, mas dá a entender que não continuará no Japão

  • Por Agencia EFE
  • 24/06/2014 21h33

Cuiabá, 24 jun (EFE).- Eliminada no grupo C da Copa do Mundo após a derrota desta terça-feira para a Colômbia por 4 a 1, a seleção japonesa deverá passar por mudanças no comando técnico, já que o treinador Alberto Zaccheroni deu a entender em entrevista coletiva que não continuará no cargo.

Embora tenha dito em um primeiro momento que ainda precisa conversar com os dirigentes da Associação Japonesa de Futebol (JFA), O italiano adotou um tom de despedida durante parte da entrevista.

“Conversarei com a federação, eles avaliarão a situação, e a decisão será comunicada. No devido momento anunciarei se continuarei ou não. Antes de rejeitar qualquer coisa é preciso conversar com a equipe”, disse Zaccheroni.

“Não tenho palavras para expressar minha experiência no Japão. Quando cheguei, não pensei que encontraria um povo assim com essa cultura. Eles me deram muito mais do que eu a eles. Foi uma experiência incrível”, acrescentou, mudando o rumo da conversa.

Apesar do placar elástico no duelo em Cuiabá, Zaccheroni viu pontos positivos na exibição dos japoneses nesta terça, mas exaltou a força da Colômbia, líder da chave com três vitórias em três rodadas.

“Vamos embora, não nos classificamos para a fase seguinte. Mas acho que hoje nos recuperamos um pouco. Jogamos contra a equipe mais forte de todo o grupo. A Colômbia jogou muito bem e foi muito difícil lutar contra eles. Claro que esperávamos render mais, mas tivemos pela frente um adversário muito duro”, comentou.

Alvo de críticas de outros técnicos que já passaram pelo Japão e outros especialistas, o aspecto psicológico foi apontado como ponto fraco pelo técnico italiano.

“Sabia que tudo ou nada, ou vencíamos ou voltaríamos para casa. Isso foi visto principalmente no primeiro tempo. Não teria mudado nada. Se pudesse voltar no tempo, talvez teria enfocado mais na parte psicológica, porque na técnica não mudaria nada”, admitiu.

Por fim, Zaccheroni eximiu o craque do time, o meia Keisuke Honda, de qualquer culpa pelo fracasso japonês no Brasil. “Não acho que Honda fez uma Copa ruim. Acho que não se deve analisar apenas a parte individual. Acho que ele acrescentou muito ao grupo”, considerou. EFE

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