Zé Roberto crê em ótimo clássico e se diz assustado com repercussão de preleção
O meia Zé Roberto frisou que se inspira em Martin Luther King para liderar
Zé RobertoO lateral esquerdo e meio-campista Zé Roberto concedeu entrevista coletiva nesta segunda-feira (9), antes do treinamento da tarde, e falou do clássico entre Santos e Palmeiras, que será disputado nesta quarta-feira (11), sobre o triunfo contra o Bragantino e outros assuntos.
Analisando a magra vitória sobre o Bragantino, no último sábado (7), por 1 a 0, Zé Roberto crê que o panorama encontrado no duelo é normal dentro da proposta dos times pequenos quando enfrentam os grandes.
“O jogo ocorreu da forma que era desenhado. Eles vinham jogar no contra-ataque e com formação defensiva. O campo molhado, nosso time técnico, e isso dificultou a criação de algumas oportunidades”, disse o camisa 11. “Esse é um tipo de jogo que vai se repetir outras vezes, então serve de parâmetro. Sabemos que precisamos jogar muito pelo lado contra adversários assim”, prosseguiu.
No embate contra o Bragantino, Zé Roberto saiu da posição de lateral esquerdo para atuar como meia e o veterano atleta, apesar de admitir que sentiu alguma dificuldade, vê isso como algo positivo para a equipe.
“Quando você não atua em uma posição há muito tempo e entra em um time que nunca jogou junto é difícil. Mas me senti bem no sentido de movimentação, participação, com assistências. Fica mais uma opção”, observou. “É muito benéfico quando o treinador tem várias opções para cada função em campo. Eu podendo ser lateral ou jogar no meio agrega bastante ao elenco”, completou.
Zé Roberto também comentou a situação de Valdivia e Cleiton Xavier, outras opções de elenco que não estão atuando ultimamente.
“O Valdivia tem uma importância muito grande em nosso elenco, mas falar em titular absoluto não há ninguém que se possa apontar como prioridade, até porque temos elenco muito qualificado”, frisou. “É necessário ter um elenco bastante qualificado. Então o Valdivia e o Cleiton Xavier vêm para buscar objetivos maiores”, analisou.
Sobre o relacionamento com os jogadores mais jovens do Palmeiras, o lateral disse que o ambiente é muito positivo e que ele tenta passar sua experiência para os garotos.
“Passo mais tempo com eles do que com meus filhos. É relação de uma amizade muito próxima. Você ter relação próxima e aberta com os outros atletas é positivo para o nosso próprio crescimento. Não é convívio de um mês, é pelo menos um ano. Essa proximidade agrega muito e isso traz crescimento ao grupo”, observou, antes de falar sobre Gabriel Jesus. “Ele vai ser um grande jogador e com certeza vai buscar seu espaço. O Oswaldo tem consciência para colocar na hora certa”, pontuou.
Já projetando o clássico contra o Santos, Zé Roberto acredita que a postura dos dois times deve favorecer o futebol de qualidade.
“Tem tudo para ser um dos maiores clássicos dos últimos tempos, porque são dois times que jogam para frente. Eles são muito fortes na Vila Belmiro, mas temos condições de nos impor. A parte física vai contar muito e o objetivo é sempre os três pontos”, falou. “Voltar à Vila Belmiro é relembrar os dez meses que joguei lá. Tive a felicidade de conquistar título, me identifiquei muito rápido e ficou uma marca. Mas volto defendendo meu novo clube e indo em busca do maior objetivo, que é a vitória”, continuou.
Após ser derrotado pelo Corinthians, o Palmeiras tem outra chance de voltar a vencer clássicos, mas Zé Roberto rechaça comparações entre os dois confrontos.
“Esse jogo contra o Santos é diferente daquele contra o Corinthians. É uma nova situação. Nosso time hoje já tem uma cara diferente. Nos primeiros jogos, inclusive contra o Corinthians, era um elenco que o Oswaldo buscava um time, uma formação tática. Hoje já temos isso e também uma espinha dorsal, então o Palmeiras está diferente daquele que iniciou o Paulista”, afirmou. “Analisar o trabalho como um todo não tem muito sentido. É muito recente o início. Você busca um crescimento nesse momento que o Palmeiras vive, passamos por momentos de dificuldade e nos jogos futuros não vamos cometer. O que fizemos serve de parâmetro, mas para o trabalho futuro. Já somos uma equipe sólida e daqui para frente vamos só evoluir, ir em busca da perfeição, que dá o direito de alcançar seus objetivos”, completou.
Por fim, Zé Roberto comentou a famosa preleção que fez antes da estreia do Verdão no Campeonato Paulista, contra o Audax, e ressaltou que não esperava tanta repercussão.
“Aquela preleção que tivemos e repercutiu não teve muito a ver com algo motivacional. Procuramos colocar em prol do início do trabalho. Não acho que seja ocasião de fazer outro, varia de um jogo para outro. Vai muito do ambiente”, finalizou.
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.