Zebra em temporada de recordes, Fabiana Murer aposta em experiência no Mundial

  • Por Agência Estado
  • 15/03/2016 17h33
EFE Fabiana Murer foi ultrapassada no último salto e ficou com a prata no Mundial de Atletismo

Fabiana Murer abre o Mundial Indoor de Atletismo na quinta-feira (madrugada de sexta no Brasil), em Portland (EUA), encontrando um cenário muito distinto e mais complicado do que foram as últimas temporadas. Durante todo o ano passado, por exemplo, só a cubana Yarisley Silva saltou acima de 4,86m – fez um 4,90m e um 4,91m. Só nos últimos dois meses, entretanto, quatro rivais já passaram de 4,90m, assumindo postos entre os cinco primeiros lugares do ranking de todos os tempos. No total, são oito marcas acima de 4,86m.

“Muitas meninas novas estão saltando alto e a concorrência vai ser forte”, aposta Murer. Yarisley, que acompanha a recuperação do namorado, o saltador em altura Sergio Mestre, que sofreu grave acidente em fevereiro, está fora do Mundial. Também a russa Insibayeva não compete em Portland. As rivais agora são outras: a norte-americana Sandi Morris (4,95m este ano) e a grega Ekaterini Stefanidi (4,90m), além da campeã olímpica Jennifer Suhr, também dos EUA, que bateu o recorde mundial indoor em 5,03m. 

Enquanto isso, Fabiana Murer, que liderou o ranking da temporada indoor de 2015 com 5,83m, chega ao Mundial sem nenhum resultado expressivo no ano. Na sua melhor competição, saltou 4,71m. Ainda assim, ela chega otimista.

“A temporada que eu fiz na Europa foi muito boa e cumpri o objetivo de ir crescendo a cada competição, ganhando ritmo, confiança. Gostei da competição em Estocolmo, apesar de ser uma pista difícil para mim. Fiz mais duas semanas de treinos fortes no Brasil para poder chegar aqui, em Portland, na minha melhor forma. O Mundial é para saltar alto e buscar uma medalha”, afirma Fabiana.

O Mundial de Portland será o quinto e último dela em ambiente indoor. Até aqui ela tem duas medalhas: o ouro de Doha, e 2010, e o bronze de Valência, em 2008. Em 2014, ela saltou 4,70m para ficar no quarto lugar. Agora, uma marca dessa vale só o 10.º lugar do ranking mundial. 

Murer confia que a experiência jogue a favor dela. “Espero que isso conte para a disputa da medalha. Vai ser muito difícil, mas estou confiante para saltar alto. Se for suficiente para uma medalha vou ficar muito contente. Se não, mas se eu conseguir saltar alto, fico contente também.”

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