Zico dispara contra Copa no Catar e diz que era dos burocratas acabou na Fifa

  • Por Agência EFE
  • 02/10/2015 14h45
Facebook/Reprodução Sonhando com a presidência da Fifa

Candidato à presidência da Fifa, Zico cobrou que a escolha do Catar como sede da Copa do Mundo de 2022, em entrevista publicada nesta sexta-feira pelo jornal francês “Le Monde”.

“Acho que, infelizmente, não há tempo para mudar a sede do Mundial de 2018, embora haja irregularidades, no entanto, ainda resta tempo para reavaliar a sede do Mundial de 2022”, disse o ex-meia.

Ídolo do Flamengo e atual técnico do FC Goa, na Superliga Indiana, Zico foi veemente ao criticar o emirado como palco da principal competição da modalidade.

“O problema do Catar é que não pensa no futebol. É impensável, absurdo, pensar que um Mundial possa ser jogado lá. O Catar não faz parte da grande cultura do futebol”, garantiu o Galinho de Quintino.

A metralhadora de Zico ainda teve como alvo a atual condução da Fifa, graças ao suposto envolvimento de diversos dirigentes, entre eles o presidente suíço Joseph Blatter, em casos de corrupção.

“A Fifa está esbanjando seu dinheiro para se defender. Ela não foi criada para isso”, afirmou o candidato.

Sobre Platini, com quem se envolveu em polêmica recente, por causa da proposta que deu para mudar as regras do processo eleitoral, Zico evitou atrito e garantiu que não será um opositor, caso o francês vença.

“Se ele for eleito, quero poder contribuir para sua gestão, da mesma forma que espero que ele contribua com a minha, se eu for eleito”, disse o brasileiro.

O Galinho, no entanto, fez críticas ao “modelo de gestão europeu” que Platini representa, apontando que tem dúvidas se isso é o que o futebol mundial necessita.

“A concentração de poderes e riquezas na Europa é algo muito perigoso para o desenvolvimento do futebol mundial”, avaliou.

Zico garantiu que pode superar as desconfianças e ser um bom presidente para a Fifa, já que poderá encarar o espírito de restauração de imagem e credibilidade para a Fifa, que segundo ele, precisa de novo comando.

“A necessidade de mudanças é tamanha que um candidato que não tenha vínculos com a administração atual terá mais facilidade e credibilidade para enfrentar as reformas necessárias. A era dos burocratas acabou”, concluiu Zico.

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