Zico diz que Fifa é caixa-preta e cobra democratização da entidade

  • Por Agência EFE
  • 21/10/2015 12h08
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Facebook/Reprodução Sonhando com a presidência da Fifa

Zico, autodeclarado candidato à presidência da Fifa, garantiu em entrevista publicada nesta quarta-feira que deseja dar “mais transparência, independência e democracia” ao futebol mundial, após série de casos de corrupção envolvendo dirigentes das entidades internacionais.

“A Fifa é uma caixa-preta, em que nada é transparente e que só se aceita abrir quando há uma catástrofe e um evento extraordinário”, disse o Galinho de Quintino à revista esportiva “France Football”.

Atual técnico do Goa FC, que disputa a Super Liga da Índia, Zico ainda corre contra o tempo para conseguir apoio de cinco federações nacionais antes de 26 de outubro, para que possa protocolar a candidatura à presidência da Fifa.

Na entrevista, o ex-meia admitiu que não tem respaldo de nenhuma entidade, apenas o compromisso de que a CBF será a quinta a apoiá-lo, caso consiga outras quatro alianças. À “France Football”, o Galinho tentou apresentar a plataforma de campanha.

“Quero dar minha contribuição para que a Fifa volte a ser vista como limpa. Precisamos de um futebol limpo. Me dá pena ver tudo o que aconteceu nos últimos tempos, todas estas pessoas envolvidas e algumas presas”, afirmou.

De acordo com Zico, a entidade deve ter como prioridade “reformar o Comitê Executivo e o papel do presidente”. A possibilidade de participação de mais pessoas nos processos decisórios da Fifa, por exemplo, é fundamental para o ex-atleta.

“Quando eu era técnico de uma seleção, podia votar para escolher o Bola de Ouro, ou seja, o melhor jogador do mundo, mas não no presidenda da Fifa. O jogo deveria estar aberto a todos os atores”, avaliou o pré-candidato.

O Galinho reconhece que não tem solução “milagrosa” para resolver todos os problemas da Fifa, mas condenou que esta possibilidade, atualmente, esteja limitada a tão poucos dirigentes.

“Não se pode continuar assim, com um sistema em que só os poucos membros do Comitê Executivo têm pode de decidir tudo. É preciso democratizar o processo de tomada de decisões”, concluiu Zico. 

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