Zubizarreta aponta Alemanha como “muito favorita”, mas faz ressalvas

  • Por Agencia EFE
  • 13/07/2014 12h15
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Hummels anota de cabeça o primeiro gol do jogo AFP Hummels anota de cabeça o primeiro gol do jogo

O ex-goleiro e atual diretor esportivo do Barcelona, Andoni Zubizarreta, que está no Rio de Janeiro para acompanhar a final da Copa do Mundo, considerou neste domingo que a Alemanha é favorita para ficar com o título, mas ressaltou que a Argentina tem potencial para fazer uma partida equilibrada.

“Depois do 7 a 1 (sobre o Brasil na semifinal), a Alemanha é muito favorita. Dá a sensação de uma equipe muito arrasadora. Mas as finais são complicadas, e a Argentina é uma equipe sólida, muito tática, que joga muito bem da forma como se propõe a jogar”, analisou o ex-goleiro em um encontro com jornalistas no Rio.

“Vamos ver um jogo diferente ao do Brasil, exceto se houver um gol logo nos primeiros minutos. Não acho que os alemães gostam muito do papel de favorito porque parece uma obrigação ditar o ritmo do jogo e arriscar mais e não é o que eles querem”, acrescentou.

O dirigente do Barcelona rasgou elogios ao trabalho a longo prazo feito pelos alemães, que iniciaram a formação de uma equipe vencedora há pelo menos dez anos, misturando a experiência de veteranos como o lateral Philip Lahm, o volante Bastian Schweinsteiger e o atacante Miroslav Klose com a juventude de jogadores campeões europeus sub-21 em 2009, como o os meio-campistas Sami Khedira e Mesut Özil.

“A Alemanha é uma seleção que há anos trabalha na linha de ter a bola, que gostou do estilo da seleção espanhola e trabalha nisso faz tempo. Com jogadores que lhe podem dar esse tipo de futebol, com um trabalho eficaz, persistiram apesar de não terem conquistado títulos até agora e de ser algo que não faz parte da cultura do futebol alemão”, enalteceu.

Sobre a Espanha, que entrou na Copa como atual campeã e foi eliminada ainda na primeira fase, Zubizarreta foi na contramão da maioria e considerou que não faltou “fome nem motivação” ao elenco do técnico Vicente del Bosque.

“O que deve ser visto é se tiveram a capacidade suficiente porque o adversário também joga, e o futebol é questão de um lance. Como na África do Sul a rebatida de (Claudio) Bravo terminou em gol de (David) Villa, às vezes acontecem outras coisas. Assim como consideramos que foi merecido quando as coisas dão certo, é preciso saber que quando dá errado foi por uma questão do jogo”, finalizou.

 

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