Supremo vai mandar investigar os violentos atos antidemocráticos contra Bolsonaro?
A polarização política, extremista e radical entre minorias, não pode degenerar em barbárie, atentando contra os princípios de civilidade e de cidadania
Cadê os autoproclamados defensores da “democracia”? Nenhum deles veio a público na tradicional imprensa ou nas redes sociais para condenar os atos “nazicomunofascistas” do último sábado (3 de julho), em São Paulo. Nenhum ilustre membro do “Poder Supremo” fez duras críticas às ações de terrorismo urbano realizadas em mais uma “mini-festação” contra Jair Bolsonaro (sistematicamente classificado pelos vândalos como “fascista”, “genocida” e outros xingamentos vazios). O lamentável – e contraditório – é ver a oposição a Bolsonaro praticando a violência política que atribui, na guerra de narrativas, ao adversário (ou inimigo). Os atos “antidemocráticos” foram inegáveis. O Presidente da República contraprotestou em duas postagens no Twitter. Na primeira delas, cobrou uma atitude concreta e posicionamento crítico de membros do Supremo Tribunal Federal e da CPI da Covid: “Nenhum genocídio será apontado. Nenhuma escalada autoritária ou ato antidemocrático será citado. Nenhuma ameaça à democracia será alertada. Nenhuma busca e apreensão será feita. Nenhum sigilo será quebrado. Lembrem-se: nunca foi por saúde ou democracia, sempre foi pelo poder”. Jair Bolsonaro acrescentou: “Esse tipo de gente quer voltar ao poder por um sistema eleitoral não-auditável, ou seja, na fraude. Para a grande mídia, tudo normal”.
O terceiro “Mortadela Day” foi hediondo. Perguntinha básica: Onde foi parar o tal Estado Democrático de Direito”, tão apregoado pelos arautos do establishment? O que se viu foi um espetáculo da barbárie neostalinista, abusando de métodos do fascismo de Benito Mussolini e do Nazismo de Adolf Hitler. Na internet, circularam cenas criminosas de uma parcela raivosa e doentia da extrema “esquerda”. Destaques nas ações de guerrilha: os vândalos atacaram a tropa de choque da Polícia Militar. Um policial militar foi atingido por uma pedrada que poderia matá-lo. Os delinquentes políticos depredaram patrimônio público e privado.
Agências de bancos e lojas foram alvejadas. A sede do Instituto Presbiteriano Mackenzie, na rua da Consolação, na capital paulista, foi alvo de atos de vandalismo e saques. A direção da entidade reclamou, em nota oficial: “O Mackenzie tem 150 anos de serviços prestados à educação, à cultura e, atualmente, também à saúde. Sempre praticou o respeito à democracia, às instituições e à liberdade de expressão. Por princípio, o IPM não compactua com atos dessa natureza. Nada justifica a violência”. É absolutamente irracional uma ação de terror contra uma instituição de ensino que tem tradição na defesa da liberdade e dos direitos fundamentais.
Vamos aguardar para ver se o supremo magistrado Alexandre de Moraes, que se posiciona como “combatente de atos antidemocráticos”, vai abrir um “inquérito secreto” ou vai dar uma ordem para que a Procuradoria-Geral da República e a Polícia Federal investiguem quem está por trás, financiando a barbárie política que vem se intensificando nos “Mortadela days”, especialmente em São Paulo. Onde vai parar o tribalismo tupiniquim? A polarização política não pode degenerar em barbárie. O equilíbrio institucional e político precisa ser retomado no Brasil. Do contrário, seremos dominados, completamente, pelo regime do crime institucionalizado.
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