Tempestades de incompetência, ignorância e inconstitucionalidades arrasam o Brasil
Instabilidades climáticas e jurídicas provocam ainda mais tensão no ambiente político; eleitor precisa questionar a ‘juristocracia’, e tem de cobrar das autoridades soluções para problemas que se repetem
Semana de instabilidade suprema. Tempo fechado em Brasília com o acirramento da guerra sem fim entre aquela que pensa ser e ter o “Poder Supremo” e o “Supremo” chefe legitimamente eleito da nação. Já se sente até uma pequena tensão militar com o pedido esquisito da “Polícia Federal”, lotada dentro do STF, respaldando mais uma ordem institucionalmente esquisita do ministro Alexandre de Moraes para que o presidente Jair Bolsonaro preste depoimento por “suspeita de violação de sigilo funcional”, por ter divulgado um inquérito da PF, que nem era classificado como sigiloso, sobre um hacker que invadiu o sistema do Tribunal Superior Eleitoral durante oito meses. Nada custa lembrar que o STF nunca na história investigou um Presidente da República sem autorização da Câmara dos Deputados. A Constituição Federal assim determina.
Segmentos mais tensos do “bolsonarismo” pedem que o presidente jogue duro nessa situação. No governo, alguns integrantes também defendem uma posição mais contundente de Jair Bolsonaro contra as provocações (permanentes) de alguns ministros do STF. O General Augusto Heleno, ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), detonou: “Mais uma vez, Alexandre de Moraes jogou fora das quatro linhas ao intimar o presidente. Todo este inquérito é descabido”. Por enquanto, Bolsonaro age através da Advocacia Geral da União. No recurso ao Supremo, a AGU adverte que o polêmico inquérito revelado por Bolsonaro em uma live não constava do sistema de polícia judiciária da Polícia Federal com a classificação de “sigiloso”. Portanto, a não ser na narrativa “policial” suprema, na realidade objetiva dos fatos, Bolsonaro cometeu nenhum crime. O STF criou mais uma perigosa crise institucional sem a menor necessidade, acirrando apenas a campanha (re)eleitoral antecipada.
A instabilidade climática também acirrou a tempestade sucessória. Lamentamos dezenas de mortes pelas chuvas. A desgraça humana é politizada. Em plena “crise hídrica” decretada oficialmente no país, temos chuvaradas que provocam enchentes e deslizamentos mortais. A culpa é de São Pedro? Dos governos incompetentes? Ou a tragédia é fruto da omissão da própria sociedade? Quem deixa pessoas morarem em áreas de barranco que desmoronam ou em várzeas que alagam e causam prejuízos materiais ou mortes? Assim, temos sempre as crônicas anunciadas de perdas de vidas. A esquerda midiota, formada por meliantes na imprensa, corre para botar a culpa exclusivamente no Presidente da República (a ser derrubado ou derrotado) por tudo de ruim que acontece nas chuvas. Isso é justo? Claro que não! A culpa é de todos os governos e de todos os cidadãos, enquanto perdurar o regime ‘capimunista’ do subdesenvolvimento brasileiro.
O Brasil aprovou um avançado Marco do Saneamento – apesar dos votos contrários de vários parlamentares de esquerda. Vamos cobrar a implantação dele? Todo ano tem chuva forte que faz estrago. Os políticos prometem sempre as mesmas coisas, e nada se resolve, de fato. Como justificar o papo de “crise hídrica” com tanta água caindo? Elementar… No Brasil há má e incompetente gestão da água. Cadê os reservatórios para armazenar excesso de chuva, para ser usado em momentos de estiagem? Os políticos, a mídia e a sociedade não debatem isso com seriedade. Uma hora o noticiário é “seca”, outra hora é “chuvarada”. Noticia-se “crise hídrica” no país que tem mais água potável no planeta. Não se questionam os aumentos nas tarifas de energia e de água? As contas não abaixam com a chuva e reposição dos reservatórios?
O povo merece ser tratado sempre como otário? Quem reserva e reusa água da chuva é punido economicamente pela burrice burocrática ou cleptocrática. Quem poupa água é obrigado pelas empresas de saneamento a pagar pelo esgoto na conta d’água. O modelo tupiniquim ferra quem faz o certo. Pode isso? Vamos debater isso, mídia? Vamos, não… Mesma burrice (ou canalhice) acontece na (infindável?) crise do covidão. Só se fala de vacina. Ignora-se o tratamento preventivo de saúde. Cadê a política pública para identificar e prevenir quem tem comorbidades? O vírus chinês matou muita gente que não sabia que tinha problemas cardiorrespiratórios, diabetes e afins. Ciência tem de ser preventiva e questionadora da realidade adversa ou problemática! Vamos mudar o modo de agir e pensar, ou vamos esperar pela próxima chuvarada ou pandemia? O eleitor precisa questionar a “juristocracia”, mas tem de cobrar dos políticos soluções reais para problemas que se repetem.
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