96,6% Dos crimeanos votam a favor de reunificação com Rússia

  • Por Agencia EFE
  • 17/03/2014 04h43
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Simferopol (Ucrânia), 17 mar (EFE).- 96,6% dos crimeanos (1,27 milhão dos eleitores) votaram a favor da reunificação com a Rússia no referendo separatista de domingo, informou nesta segunda-feira Mikhail Malishev, chefe da comissão eleitoral local, ao término oficial da apuração.

“Estes dados já não variarão”, ressaltou Malishev, que disse que a participação na consulta foi de 82,71% na península banhada pelo Mar Negro, em declarações ao canal “Krim”.

Antes que de terminar a apuração, Malishev estimou que apenas pouco mais de 3% dos eleitores escolheram a segunda opção: uma ampla autonomia no seio da Ucrânia.

Ele reconheceu que alguns eleitores mortos tinham sido incluídos no censo eleitoral, e culpou as autoridades de Kiev, que bloquearam os últimos dados de população, pela falha.

Malishev afirmou que o censo foi elaborado com dados de 2012, mas confessou que sua própria mãe, que morreu em 4 de março, também recebeu uma carta da comissão eleitoral após morta.

De acordo com os números de participação, além dos 60% de russos étnicos, a minoria ucraniana também votou e, segundo as autoridades, uma pequena porcentagem de tártaros, que foram convidados pelas lideranças étnicas a boicotar a consulta.

O parlamento crimeano aprovará hoje em sessão extraordinária os resultados do plebiscito e em seguida se dirigirá ao presidente russo, Vladimir Putin, para que aceite a república separatista ucraniana dentro da Federação Russa.

Putin defendeu ontem à noite a legitimidade do referendo separatista crimeano em um telefonema com o presidente americano, Barack Obama, que lembrou ao chefe do Kremlin que o Ocidente adotará sanções se a Crimeia realmente deixar a Ucrânia.

Os Estados Unidos e as chancelarias ocidentais condenaram ontem à noite a consulta, e anteciparam que não reconhecerão seus resultados, além de defender com veemência a integridade territorial da Ucrânia, que por sua vez tachou a votação de anticonstitucional. EFE

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