A ataque talibã contra escritório eleitoral em Cabul deixa sete mortos

Cabul, 25 mar (EFE).- Pelo menos cinco atacantes e dois policiais morreram nesta terça-feira em um ataque dos talibãs contra o escritório da Comissão Eleitoral Independente em Cabul, informou à Agência Efe uma fonte policial.

No ataque ficaram feridos pelo menos dois civis e dois policiais afegãos, embora o número possa ser maior, depois de mais de três horas de enfrentamentos com forças de segurança locais e da Otan, relatou um porta-voz policial, Hashmat Stanikzai.

O ataque aconteceu dez dias antes das eleições de 5 de abril no Afeganistão, e depois que os talibãs anunciaram ações armadas contra sedes eleitorais e forças de segurança.

O porta-voz policial relatou que um grupo de desconhecidos entrou no escritório e começou a disparar indiscriminadamente no interior do imóvel, situado na estrada de Darulaman, no oeste de Cabul.

Outro policial, identificado como Sharifulah, explicou à Agência Efe na zona do ataque que os insurgentes estavam armados e foi ouvida “uma tremenda explosão”.

O canal de televisão local “Tolo News” transmitiu imagens das forças da Isaf, a missão da Otan no Afeganistão, participando do combate contra os insurgentes.

O ataque aconteceu em uma zona próxima à residência do candidato independente à presidência do Afeganistão Ashraf Ghani Ahmad, embora ele não estava no local porque participava de um comício eleitoral na província de Paktia, no leste do país asiático.

Os talibãs afegãos anunciaram em 10 de março que sabotarão as eleições presidenciais previstas para 5 de abril com ataques a colégios eleitorais, trabalhadores do pleito e as forças de segurança.

Em 21 de março, 13 pessoas morreram, entre elas duas crianças, quatro mulheres e vários estrangeiros, em um ataque contra o Hotel Serena de Cabul, um dos mais bem protegidos da capital afegã e frequentado por cidadãos de outros países.

Quatro civis mais ficaram feridos, enquanto as forças de segurança mataram os quatro insurgentes que perpetraram o atentado. EFE