À beira do colapso, Grécia entra no 1º dia da prorrogação do feriado bancário
Atenas, 7 jul (EFE).- A Grécia iniciou nesta terça-feira a primeira prorrogação do feriado bancário imposto há nove dias, apesar de estar ainda mais sufocada após a decisão do Banco Central Europeu (BCE) de manter o limite de crédito e exigir mais garantias das instituições financeiras do país.
Tanto a Bolsa de Atenas como os bancos continuam fechados. As filas nos caixas eletrônicos, que ainda permitem a retirada máxima de 60 euros por dia, estavam hoje no mesmo nível registrado nos últimos dias.
Segundo o decreto de lei publicado à meia-noite em substituição ao que entrou vigor na última semana, as restrições serão as mesmas nos próximos dias.
Isso significa que, além das limitações aos saques, será mantida a proibição de todas as transações em dinheiro ao exterior, com exceção dos pagamentos para as importações de produtos de primeira necessidade. Seguem ilimitadas, por outro lado, as transações eletrônicas no interior do país, assim como a retirada em caixas com cartões de bancos no exterior.
A sequência das restrições dá sobrevida ao sistema bancário, que está ficando sem dinheiro. Segundo a União Grega dos Bancos, as instituições entraram no fim de semana com apenas 1 bilhão de euros para disponibilizar aos correntistas.
A situação pode se tornar ainda difícil após o BCE decidir ontem manter em 89 bilhões o teto dos créditos que os bancos podem pedir, com o agravante da exigência de garantias mais rígidas.
O governo espera que na cúpula de hoje em Bruxelas envie alguma mensagem positiva e reinicie as negociações entre a Grécia e os credores. Dessa forma, o BCE poderia voltar a abrir a torneira das injeções de liquidez, o que evitaria o colapso definitivo.
O Conselho do BCE volta a deliberar nesta quarta-feira. Por isso, o feriado bancário só foi estendido até a meia-noite de amanhã.
Segundo a imprensa grega, dos 5.450 caixas eletrônicos do país, cerca de 20% estão fora de serviço, pelo menos temporariamente, apesar de o número variar porque ainda há reposição de dinheiro. EFE
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