Abbas: “a Palestina não é uma terra de guerra, mas de santidade e virtude”
O presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, disse neste sábado que a canonização das primeiras duas santas palestinas da era moderna demonstra que a Palestina não é uma terra de guerra.
“Nossa Terra Santa se transformou em um bastião de virtude para todo o mundo. A Palestina não é uma terra de guerra, mas uma terra de santidade e virtude, como Deus queria que fosse”, disse Abbas em comunicado divulgado hoje, no qual agradece ao papa Francisco e à Igreja Católica a canonização, que acontece amanhã em Roma.
Abbas lembrou em seu texto as duas religiosas que se tornarão santas: Mariam Baouardy Haddad (1846-1878) da cidade de Ibillin, na Galileia, e Marie Alphonsine Ghattas (Sultana Daniel, 1843-1927), de Jerusalém.
A primeira fez parte da Ordem das Carmelitas na França e fundou em Belém um convento que ainda existe até hoje e que, segundo Abbas, “ecoa as orações para aliviar o sofrimento do povo palestino, tanto cristãos como muçulmanos”.
Já a segunda, assinalou Abbas, “construiu os alicerces para a vida monástica das mulheres na Palestina e no mundo árabe” das Irmãs do Santo Rosário e “viveu nas ruas da Cidade Antiga de Jerusalém, que ainda mantêm os indeléveis passos de Jesus Cristo e que atualmente é testemunha do sofrimento diário do povo palestino, que afeta sua dignidade humana e seus lugares santos”.
A mensagem das duas santas, assegurou Abbas, põe ênfase na unidade do povo palestino e “reafirma a determinação para construir uma Palestina soberana, independente e livre, baseada nos princípios de igualdade e cidadania e nos valores de espiritualidade e sublimação humana”.
Em sua mensagem, o presidente palestino agradeceu a contribuição da comunidade cristã palestina para a nação e lhes pediu que “não se deixem levar pela maré da emigração”.
“Os encorajamos a ficarem do nosso lado e a desfrutarem do direito à cidadania igual e completa, e que sofram conosco as dificuldades da vida até que alcancemos a liberdade, a soberania e a dignidade humana”, solicitou Abbas.
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