Abbas diz que “todas as opções estão abertas” após morte de dirigente

  • Por Agencia EFE
  • 10/12/2014 17h09
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Ramala (Cisjordânia), 10 dez (EFE).- O presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, disse nesta quarta-feira que “todas as opções estão abertas” após a morte do dirigente palestino Ziad Abu Ein em uma operação das forças de segurança israelenses na cidade de Turmusaia, na Cisjordânia.

Os palestinos “não podem se manter em silêncio” diante da morte de Abu Zeid (que ocupava o cargo de responsável para Assuntos das Colônias e o Muro, semelhante ao de um ministro), disse Abbas em reunião da direção palestina realizada na cidade cisjordaniana de Ramala.

Segundo Abbas, “todas as opções estão abertas”. Abu Ein, de 55 anos, morreu em um incidente ocorrido em uma área de terras confiscadas de famílias palestinas para a ampliação de um assentamento judaico considerado ilegal.

“Não vamos admitir tudo sem que a ocupação termine. O que se sucedeu é um crime e não podemos nos manter em silêncio perante isto. Na minha opinião, todas as opções estão abertas para serem discutidas e postas em prática”, afirmou o presidente palestino.

“Está sendo realizada uma investigação e compartilharei os resultados que se obtenham a partir de agora”, disse Abbas.

Na reunião, que foi acompanhada durante alguns momentos pela imprensa, Abbas alertou os membros da direção palestina de que Israel apresentará muitas versões sobre o caso: que “o soldado que agrediu Abu Ein tinha problemas mentais”, que sua morte se deveu “a um ataque do coração”, ou até mesmo afirmando que o dirigente “nem sequer se encontrava no lugar” dos fatos.

“No entanto, temos fotografias, são suficientes. Talvez dirão que foram manipuladas e as imagens de televisão também. Que tudo é uma farsa”, ironizou o presidente palestino.

“Nós vamos continuar a resistência não violenta, vamos combater a construção dos assentamentos e seguiremos lutando até que a ocupação termine”, ressaltou.

Segundo um comunicado divulgado pelo exército israelense, os militares ofereceram aos palestinos a formação de uma equipe de investigação conjunta para esclarecer os fatos. EFE

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