Abe pede fim de armas nucleares no 70º aniversário de ataque à Hiroshima

  • Por Agencia EFE
  • 05/08/2015 22h18
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Tóquio, 6 ago (EFE).- O primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, pediu nesta quinta-feira (data local) o fim das armas nucleares à comunidade internacional, durante a cerimônia do 70º aniversário do ataque atômico americano contra a cidade de Hiroshima.

“Até agora não conseguimos chegar a um acordo nas reuniões contra a proliferação nuclear, mas apresentaremos ainda neste ano uma resolução na Assembleia Geral das Nações Unidas. O Japão, o primeiro país que sofreu um ataque nuclear na história, tem a responsabilidade de atuar nesse sentido”, afirmou Abe em discurso.

O primeiro-ministro está sendo criticado por parte da opinião pública japonesa depois de ter impulsionado uma polêmica reinterpretação da legislação do país, para permitir um papel mais ativo do Exército em nível global. A medida, que ainda está em tramitação no Legislativo, encerraria mais de seis décadas de pacifismo institucional no Japão.

Além disso, Abe anunciou que apresentará medidas para o desarmamento nuclear durante a próxima cúpula de líderes do G7, que será realizada em 2016 na cidade de Shima, no centro do Japão.

O governo japonês também dará apoio a uma série de conferências sobre paz e extinção de armas nucleares que são realizadas em Hiroshima todos os anos.

“Hoje, quando se completam 70 anos do ataque que tirou a vida de tanta gente e transformou a cidade em cinzas, sinto de forma especial a importância da paz”, afirmou Abe, expressando condolências aos sobreviventes e aos parentes das vítimas.

A bomba lançada por um avião dos Estados Unidos sobre Hiroshima matou de forma imediata com 80 mil pessoas. O número de mortos aumentaria para 140 mil até o final de 1945. Nos anos seguintes, muitos japoneses morreram vítimas da radiação.

Depois do ataque contra Hiroshima, os americanos lançaram uma segunda bomba atômica contra a cidade de Nagasaki, em 9 de agosto de 1945, forçando a rendição do Japão, o que resultou no fim da Segunda Guerra Mundial. EFE

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