Abu Qatada sai da prisão após ser absolvido de terrorismo na Jordânia

  • Por Agencia EFE
  • 24/09/2014 10h16
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Amã, 24 set (EFE).- O clérigo salafista Mahmoud Otman, conhecido como Abu Qatada, deixou nesta quarta-feira a prisão de Al Muwaqar, na Jordânia, após ser absolvido por um tribunal de acusações de terrorismo.

Abu Qatada permaneceu 14 meses nesta prisão, situada a 45 quilômetros de Amã, desde sua extradição do Reino Unido para a Jordânia em julho de 2013.

O Tribunal da Segurança do Estado da Jordânia ordenou a libertação do clérigo por falta de provas, e com isso considerou que Qatada não é culpado dos crimes de terrorismo.

Nesse caso, Abu Qatada foi julgado por supostamente participar de um complô frustrado que planejava ataques durante as celebrações da virada do milênio contra alvos israelenses e americanos na Jordânia.

O clérigo tinha sido condenado à revelia em 2000 a 15 anos de prisão por estas acusações.

No final do junho, a mesma corte livrou Abu Qatada da prisão perpétua em outro caso no qual foi sentenciado por terrorismo, por isso agora clérigo já não tem nenhum acusação contra ele.

Este caso se referia à condenação a morte -posteriormente reduzida para prisão perpétua- ordenada por uma corte contra Qatada em 1999 por conspirar para cometer ataques terroristas, entre eles contra a Escola Americana em Amã.

Durante uma sessão no tribunal no início deste mês, Abu Qatada denunciou que o grupo jihadista Estado Islâmico (EI) representa “uma máquina de assassinatos e destruição” e que a organização está condenada a desaparecer.

Anteriormente, o clérigo tinha pedido aos combatentes sírios que pertencem ao EI que abandonasse o grupo e se unissem à Frente al Nusra, braço da Al Qaeda na Síria.

Antes de sua deportação, em julho de 2013, Londres e Amã puseram fim a uma batalha legal de uma década e assinaram um acordo pelo qual as autoridades jordanianas se comprometiam a dar a Abu Qatada um julgamento justo e não obter depoimentos sob tortura. EFE

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