Abu Sayyaf liberta turistas alemães sequestrados nas Filipinas

  • Por Agencia EFE
  • 17/10/2014 13h55
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Manila, 17 out (EFE). – O grupo islamita filipino Abu Sayyaf libertou nesta sexta-feira os dois turistas alemães que estavam sequestrados no sul das Filipinas em abril, após anunciar que tinha recebido o resgate antes de vencer o prazo dado para matar um deles.

Os reféns foram soltos às 20h45 (hora local, 9h45 em Brasília), perto da cidade de Patikul, na ilha de Sulu, confirmou o chefe da Unidade Contra o Sequestro da Polícia das Filipinas, Roberto Fajardo, através da televisão local “ANC”. Ele acrescentou que Viktor Stefan Okonek, médico alemão de 74 anos e sua mulher, Henrite Dieter, de 55, estão sob custódia das Forças Armadas.

O porta-voz de Abu Sayyaf, Abu Rami, tinha anunciado anteriormente a libertação pela emissora local “Radio Mindanao Network”. Horas antes, um colaborador de Rami, Al Kataib, informou que o grupo tinha recebido o pagamento do resgate, embora não tenha detalhado se o valor foi entregue na totalidade (US$ 5,6 milhões) que exigiam, nem como foi feita a transação.

Segundo o jornal local “The Star”, um cidadão alemão, identificado como Rudger Konig, se transferiu hoje a Sulu para negociar com os sequestradores. Os terroristas estavam rodeados por forças do exército que o governo filipino enviou a essa ilha situada a cerca de 980 quilômetros ao sul de Manila para localizar os reféns.

“Eles estavam na nossa mira, mas não recebemos ordens para iniciar a operação (de resgate)”, declarou ao “The Star” um dos militares que participava da operação e que pediu para não ser identificado.

O ultimato de Abu Sayyaf para matar Okonek vencia hoje às 15h (hrário local, 4h em Brásilia), mas pouco antes do fim do prazo ofereceram uma extensão de duas horas caso recebessem notícias de um possível pagamento do resgate.

Okonek e sua mulher foram sequestrados em abril deste ano quando navegavam por águas do sudoeste das Filipinas. Em 24 de setembro, os islamitas ameaçaram decapitá-los e para não executar a ação exigiam receber US$ 5,6 milhões e que a Alemanha retirasse seu apoio à ofensiva dos Estados Unidos contra o grupo jihadista Estado Islâmico (EI).

Depois, vieram os ultimatos, e na quarta-feira passada divulgaram uma imagem com Okonek sentado dentro do que supostamente será seu túmulo com as mãos amarradas nas costas e no fundo uma bandeira associada à rede terrorista Al Qaeda.

O grupo islamita, vinculado à Al Qaeda e formado por, aproximadamente, 400 rebeldes, tem ainda em seu poder um holandês e um suíço desde fevereiro de 2012, além de um guarda litorâneo malaio e uma mulher chinesa e sua filha.

Este bando foi criada em 1991 por ex-combatentes da guerra do Afeganistão contra a antiga União Soviética. A eles são atribuídos alguns dos atentados mais sangrentos dos últimos anos nas Filipinas e vários sequestros, usados para se financiarem. EFE

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