Acidente de hoje é o segundo envolvendo Malaysia Airlines este ano

  • Por Agencia EFE
  • 17/07/2014 16h20

Madri, 17 jul (EFE).- A companhia Malaysia Airlines sofreu nos últimos quatro meses dois graves acidentes aéreos, o desta quinta-feira na Ucrânia, com 295 pessoas a bordo, e outro em 8 de março, quando um Boeing 777 desapareceu no oceano Índico por causas nunca descobertas.

A primeira das catástrofes aéreas aconteceu com um avião que fazia a rota Kuala Lumpur-Pequim. Ele desapareceu enquanto sobrevoava algum lugar do oceano Índico com 239 pessoas a bordo, e os destroços não foram encontrados.

O voo MH370 da Malaysia Airlines deveria chegar em Pequim seis horas depois de sair de Kuala Lumpur na madrugada, mas desapareceu dos radares 40 minutos depois da decolagem, sabendo-se somente que ele havia mudado de rumo em uma “ação deliberada” segundo as autoridades malaias, e atravessou a Península de Malaca no sentido contrário ao trajeto inicial.

Estavam a bordo 153 chineses, 50 malaios, sete indonésios, seis australianos, cinco indianos, quatro franceses, três americanos, dois neozelandeses, dois ucranianos, dois canadenses, um russo, um holandês, um taiwanês e dois iranianos, estes que utilizaram passaportes roubados de um italiano e de um austríaco.

Entre as possíveis causas levantadas sobre o acidente, está a falta de oxigênio causada por um incêndio ou despressurização.

Já o acidente de avião de hoje parece ter sido causado por motivos bem diferente, embora as causas ainda não estejam claras.

Os rebeldes ucranianos encontraram vários corpos, inclusive de crianças, no lugar do acidente do avião malaio.

O Boeing-777, que cobria a rota Amsterdã a Kuala Lumpur, se chocou na região oriental de Donetsk, cenário de combates entre as forças do governo da Ucrânia e rebeldes pró-russos.

“Destacamentos dos rebeldes já estão no lugar do acidente. Informaram que há vários mortos entre os passageiros”, disse Andrei Purguin, vice-primeiro-ministro da autoproclamada república popular de Donetsk.

Anton Guerashenko, assessor do ministro do Interior ucraniano, afirmou que o avião foi abatido por um foguete terra-ar lançado por um sistema de mísseis Buk em uma zona de Donetsk, a cidade de Snezhnoye, que está sob o controle dos milicianos separatistas.

Representantes da autoproclamada república popular de Donetsk negaram ter o tipo de armamento que seria capaz de derrubar um avião a dez mil metros de altura. EFE

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