Acidente em mina de carvão na Turquia deixa mortos e 200 operários presos

Ancara, 13 mai (EFE).- Vários mineiros morreram nesta terça-feira em um acidente em uma mina de carvão no oeste da Turquia, e entre 200 e 300 trabalhadores ficaram presos a três ou quatro quilômetros da entrada, informa o jornal “Cumhuriyet”.

“Estão dando vários números (de vítimas); não quero dar qualquer número. Primeiro, temos que entrar em contato com os trabalhadores presos”, advertiu o ministro da Energia e Recursos Naturais, Taner Yildiz, à imprensa antes de se dirigir para Manisa, onde o acidente ocorreu.

Um deputado do partido governamental AKP tinha antecipado o número de 20 mortos, mas depois a reduziu para quatro. Já o sindicalista Nurettin Akçul informou que eram cinco vítimas e o delegado do governo regional disse que eram três.

“O acidente aconteceu por conta da explosão de um transformador elétrico; ocorreu um incêndio e a mina colapsou”, detalhou Akçul.

A explosão aconteceu a cerca de 200 metros de profundidade, mas a uma distância de dois quilômetros a partir da boca da mina, enquanto os mineiros presos estão entre um e dois quilômetros do lugar da detonação. Cerca de 580 operários estavam na mina no momento do acidente e, segundo a primeira apuração, 280 se salvaram, segundo o jornal.

Outro delegado sindical, Tamer Küçükgencay, assinalou que as equipes de resgate estão lutando para apagar o fogo, e tentam bombear ar fresco para o interior da mina.

“Estamos preocupados com os companheiros porque o fogo acabou com o oxigênio. Eles dispõem de máscaras de gás, mas têm uma duração limitada e talvez não seja suficiente”, declarou Küçükgencay.

A mina pertence a uma empresa privada que emprega 6.500 trabalhadores em Soma, uma cidade com amplas jazidas de carvão na província de Manisa, na Turquia ocidental, detalha a emissora “NTV”.

O presidente turco, Abdullah Gül, deu instruções ao governador de Manisa para não poupar esforços e utilizar todos os recursos do estado para o resgate dos mineiros presos, destacou “Cumhuriyet”. EFE