Acnur exige que UE restabeleça força de salvamento no Mediterrâneo

  • Por Agencia EFE
  • 12/02/2015 10h31

Genebra, 12 fev (EFE).- O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur) exigiu nesta quinta-feira que a União Europeia (UE) restabeleça uma grande operação de busca e resgate no Mar Mediterrâneo de imigrantes e refugiados que arriscam as vidas em busca de uma vida melhor.

Nesta semana ocorreu uma nova tragédia no Mediterrâneo, quando cerca de 400 imigrantes partiram da Líbia em quatro botes para chegarem ao litoral europeu, mas mais de 300 morreram na tentativa.

“Não pode haver nenhuma dúvida, após os incidentes desta semana, que a Operação Tritão é totalmente inadequada e não é uma boa substituição para a Operação Mare Nostrum”, disse, citado no comunicado, o alto comissário das Nações Unidas para os Refugiados, António Guterres.

“O objetivo tem de salvar vidas. Precisamos de uma operação de busca e resgate forte no Mediterrâneo, não apenas uma de controle de fronteira”, acrescentou.

As tentativas de atravessar o Mediterrâneo aumentaram em 2014, quando milhares de desesperados da Síria, do Chifre da África e da África Subsaariana quiseram chegar ao litoral europeu em embarcações precárias. Ao todo, 218 mil conseguiram e pelo menos 3.500 morreram.

A Operação Mare Nostrum, iniciada pelas autoridades italianas após uma tragédia similar à desta semana em outubro de 2013, terminou em novembro de 2014 devido à suposta falta de recursos.

A resposta da UE veio com a Operação Tritão, mas, segundo o Acnur, a nova medida não tem nem autorização e nem os meios necessários para agir como força de salvamento.

“Se não for estabelecida uma operação como a Mare Nostrum, é inevitável que mais gente morra tentando chegar com segurança à Europa”, alertou Guterres. EFE

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