Acnur mostra insatisfação por falta de consenso entre países europeus

  • Por Agencia EFE
  • 15/09/2015 11h39
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Genebra, 15 set (EFE).- A Agência da ONU para os Refugiados (Acnur) mostrou insatisfação nesta terça-feira pela falta de consenso no Conselho dos países europeus com relação ao plano de amparo de refugiados.

Embora a maioria dos países comunitários estivessem de acordo com a aprovação de um plano de amparo de 120 mil pessoas, não se chegou a um consenso hoje e os ministros europeus aprovaram uma proposta anterior sobre 40 mil refugiados.

A Acnur considera que para a realocação funcionar é preciso estar acompanhada de um plano de emergência em grande escala e de centros de recepção e ajuda na Grécia, na Hungria e na Itália, por serem os países de chegada dos refugiados.

“Continuamos achando que o problema é manejável se houver cooperação. As consequências desta indecisão trarão mais sofrimento aos imigrantes e aos refugiados, estagnados no limbo da legalidade, sendo empurrados de um país para outro, sem saber aonde ir” disse nesta terça-feira a porta-voz do Acnur, Melissa Fleming.

A organização pede um esforço extra da agência de fronteiras europeia Frontex para ajudar a Grécia a evitar novas tragédias em alto-mar, já que os imigrantes continuam a chegar.

Cerca de duas mil pessoas chegaram ao litoral grego nesta manhã, e 22 morreram nas últimas 24 horas na tentativa de chegar ao continente.

Atualmente há nove mil pessoas na Grécia, entre refugiados e imigrantes, e outras 3,5 mil pessoas saíram do país ontem em direção a outras nações europeias.

A segunda-feira contou com a chegada de 5,3 mil pessoas à Macedônia, 5,6 mil à Sérvia, 10 mil à Hungria e a marca recorde de 20 mil refugiados que entraram na Áustria após passar por território húngaro. Fleming explicou que, devido aos controles restabelecidos na fronteira alemã, o número de chegadas ao país é muito menor.

A Organização Internacional de Migrações (OIM) informou nesta terça-feira que 464.876 pessoas cruzaram o Mar Mediterrâneo para alcançar a Europa neste ano. EFE

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