Acordo com Grécia “está bastante longe” por “grandes diferenças”, afirma FMI

  • Por Agencia EFE
  • 11/06/2015 13h43

Washington, 11 jun (EFE).- O Fundo Monetário Internacional (FMI) afirmou nesta quinta-feira que persistem “grandes diferenças” nas negociações sobre a crise grega, especialmente em previdência e impostos, razão pela qual ressaltou que está “bastante longe” um acordo dos credores internacionais com o governo grego.

“Existem grandes diferenças. Não houve progressos em estreitar estas diferenças nos últimos dias, e estamos bastante longe de um acordo”, ressaltou Gerry Rice, porta-voz do FMI em sua entrevista coletiva quinzenal.

Concretamente, Rice destacou que “o sistema previdenciário da Grécia é insustentável”, motivo pelo qual as reformas são inevitáveis para garantir a “estabilidade econômica” do país.

Além disso, sustentou que é “crucial ampliar a base impositiva” no país, para evitar o atual baixo nível de arrecadação tributária.

O funcionário do Fundo, em declarações de incomum contundência, acrescentou que “a bola agora está no campo da Grécia” e assinalou que os técnicos negociadores do organismo tinham deixado Bruxelas à espera de uma proposta por parte de Atenas.

No entanto, insistiu que “o FMI não vai se levantar da mesa de negociação, como disse a diretora-gerente Christine Lagarde em várias ocasiões”.

Lagarde, informou Rice, viajará na próxima semana à Europa para participar da reunião do Eurogrupo de 18 de junho, que acontecerá em Luxemburgo.

Por sua parte, o presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, e o primeiro-ministro heleno, Alexis Tsipras, se reúnem hoje para analisar a situação das negociações.

Tsipras também teve um encontro ontem à noite com a chanceler alemã, Angela Merkel, e o presidente francês, François Hollande, a fim de intensificar o trabalho para conseguir um acordo sobre as reformas e os ajustes que Atenas deve fazer para poder acessar os 7,2 bilhões de euros que restam em ajudas dentro do resgate internacional.

A Grécia, que enfrenta uma urgente asfixia financeira, anunciou na semana passada sua decisão de agrupar os pagamentos pendentes ao FMI, que somam 1,6 bilhão de euros, para o dia 30 de junho. EFE

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