Acusação de manifestantes não é somente por posse de material explosivo, diz Fernando Grella
O secretário de Segurança Pública do Estado de São Paulo, Fernando Grella Vieira, disse nesta terça-feira (05), em entrevista à JOVEM PAN, que os manifestantes Fábio Hideki Arano, de 27 anos, e Rafael Lusvarghi, de 26 anos, foram presos por outros motivos além do porte de materiais explosivos.
Segundo o secretário, o fato de não ter se confirmado a natureza de material incendiário e explosivo não elimina a caracterização dos outros crimes. “A principal imputação a eles feita é de incitar os crimes, de estarem associados para incentivar a prática de atos violentos em manifestações”, afirmou.
Os objetos encontrados com os manifestantes presos em 23 de junho, em protesto contra a Copa do Mundo em São Paulo, não eram mesmo explosivos, conforme confirmou a perícia da Polícia. O Gate (Grupo de Ações Táticas Especiais) constatou, no entanto, que os materiais tinham componentes inertes ou isentos de qualquer substância explosiva ou inflamável, contou o jornalista JOVEM PAN Anchieta Filho.
Antes, acreditava-se que os dois rapazes carregavam consigo instrumentos para causar explosões.
Segundo o secretário, a impressão inicial da polícia era de uma garrafa com cheiro de gasolina e um outro material com a aparência de um explosivo. “A avaliação inicial, as características iniciais é de que seriam materiais para causar a explosão”, contou. Ainda de acordo com ele, o caso é que necessitou de um laudo para analisar o fato.
Ouça a entrevista completa no áudio com os jornalistas JOVEM PAN Anchieta Filho e Adalberto Piotto.
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