Acusado de planejar atentado contra Congresso pode ser condenado a 60 anos
Washington, 7 mai (EFE).- A Justiça dos Estados Unidos pediu 60 anos de prisão para Christopher Lee Cornell, de 21 anos, por planejar um atentado contra o Congresso, onde supostamente esperava detonar várias bombas e matar legisladores em apoio ao grupo jihadista Estado Islâmico (EI), informaram nesta quinta-feira fontes judiciais.
Natural de Cincinnati (Ohio), Cornell foi detido em 14 de janeiro pelo Birô Federal de Investigações (FBI) e agora um grande júri lhe acusa de quatro crimes, entre eles tentativa de assassinato de funcionários dos Estados Unidos, assim como fornecer apoio material a uma organização terrorista estrangeira.
Entre agosto de 2014 e janeiro de 2015, o acusado traçou um plano para matar funcionários públicos americanos no exercício de suas funções atacando o Congresso, segundo o documento de acusação do grande júri, ao qual teve acesso a Agência Efe.
Enquanto estava traçando o plano para cometer o atentado, Cornell supostamente tentou conseguir aliados para seu plano e adquiriu dois rifles semiautomáticos e aproximadamente 600 cartuchos de munição.
Segundo explicou a rede de televisão “ABC” no momento da detenção, o FBI interceptou Cornell pela primeira vez há vários meses, depois que um informante lhes comunicou que o homem tinha expressado seu apoio à jihad de maneira violenta em uma conta no Twitter sob o codinome de “Raheel Mahrus Ubaydah”.
Além disso, Cornell supostamente publicou declarações, vídeos e outros conteúdos expressando seu apoio ao EI.
“Acho que deveríamos empreender a jihad sob nossas próprias ordens e planejar ataques e tudo o mais”, teria escrito Cornell em mensagem eletrônica enviada ao informante em agosto do ano passado, segundo o FBI.
“Acho que devemos fazer nosso próprio grupo, em aliança com o Estado Islâmico, e operações planejadas por nós mesmos”, acrescentou.
Além disso, Cornell assegurava que ditos ataques já tinham obtido o beneplácito do clérigo radical Anwar Awlaki “antes de seu martírio”, em referência à morte deste indivíduo, considerado o cérebro de vários planos terroristas contra os Estados Unidos e que perdeu a vida em um ataque aéreo americano em 2011. EFE
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