Acusados de desviar dinheiro da saúde são presos no Rio
Três ex-diretores da organização social (OS) Biotech Humanas foram presos preventivamente na manhã desta sexta-feira, 8. Eles são acusados de participar de uma quadrilha que desviou R$ 48 milhões destinados ao funcionamento dos hospitais Pedro II, em Santa Cruz, na zona oeste, e Ronaldo Gazolla, em Acari, na zona norte. Ambos integram a rede de saúde da Prefeitura do Rio.
Cristina Isabel Cezário Turatti, João Mauro Turatti e Maurílio Turatti cuidavam da área financeira da Biotech, responsável pela administração das unidades de saúde. Eles estavam em prisão domiciliar desde 22 de dezembro passado, quando foram beneficiados por um habeas corpus. O novo mandado de prisão, expedido pelo relator do processo, o desembargador da 7ª Câmara Criminal, Joaquim Domingos de Almeida, considerou irregular a concessão do benefício durante o plantão judiciário.
A quadrilha foi desarticulada no dia 9 de dezembro do ano passado, na Operação Ilha Fiscal, da Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Draco) e do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro. Apontados como chefes do esquema, os irmãos Walter e Wagner Pelegrine permanecem em prisão domiciliar.
Ao todo, foram denunciadas 37 pessoas que integram a OS. De acordo com a investigação, foram realizadas inúmeras compras superfaturadas e pagamentos por serviços não prestados, sempre a cargo de pessoas ligadas ao esquema que, assim, possibilitavam o retorno do dinheiro aos dirigentes da Biotech após saques milionários em espécie.
Na Operação Ilha Fiscal, foram apreendidas duas Mercedes, um Porsche, uma Range Rover, um Bentley Cont, uma Ferrari e uma motocicleta BMW. Além de 40 relógios de marcas como Rolex e Mont Blanc e 200 peças de joias. Em espécie, foram apreendidos R$ 1 459.590 , US$ 12.840 e € 11.300.
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