Adolescente russo mata policial e professor em escola de Moscou

  • Por Agencia EFE
  • 03/02/2014 12h28

Um colegial munido duas armas matou nesta segunda-feira um professor e um policial, e fez 24 companheiros como reféns em um das salas de aula de sua escola em Moscou, antes de se entregar aos agentes da ordem.

“Tratamos de esclarecer os motivos. Segundo nossos dados, Sergei Gordéyev (o adolescente que protagonizou o fato) é um estudante extraordinário e o mais provável é que tenha sofrido um problema emocional”, declarou à imprensa o porta-voz da Procuradoria Geral, Vladimir Markin.

O porta-voz acrescentou que Gordéyev é aluno de um dos cursos superiores na escola 263 da capital, por isso que poderia ter entre 15 e 16 anos. O jovem efetuou pelo menos 11 disparos com espingarda de pequeno calibre, que da mesma forma que a outra arma pertencia a seu pai e estava devidamente registrada.

Markin indicou que o menor detido, que já foi interrogado por especialistas, será submetido em breve a um exame psiquiátrico para determinar seu estado.

“Seus companheiros e seu mestre tutor afirmam que não tinha conflitos com outros alunos e nem com os professores”, disse por sua vez o ministro russo de Educação, Dmitri Livánov, em entrevista à agência “Interfax”.

O ministro acrescentou que após os fatos desta manhã, serão adotadas todas as medidas de segurança necessárias para impedir a entrada de armas nas escolas e impedir a repetição deste fato, inédito na história da Rússia.

Segundo a versão das forças de segurança, Sergei chegou a sua escola ao meio-dia e após ameaçar o vigilante, entrou no edifício e disparou contra um professor de geografia, que faleceu pouco depois.

Depois, o estudante entrou no sala de aula de biologia, onde fez 24 alunos como reféns, além de um professor, desde onde disparou contra os agentes que tinham chegado à escola alertados pelo vigilante do centro e feriu gravemente dois policiais. Um deles morreu em consequência dos ferimentos.

O chefe da polícia de Moscou, Anatoli Yakunin, indicou que insistiu ao pai de Sergei para que falasse com seu filho por telefone.

Após 15 minutos de conversa pelo celular, o pai do estudante colocou um colete anti-balas e entrou na escola.

Já dentro do sala de aula, onde Sergei mantinha seus reféns, pai e filho falaram durante meia hora, após a qual este último liberou seus reféns.

“Quando ficaram só os dois, as forças especiais entraram e prenderam o menor”, disse Yakunin, citado pelo portal de notícia “Newsru.com”.

Durante o sequestro, a polícia isolou o perímetro da escola, onde chegaram várias ambulâncias e inclusive um helicóptero do Ministério de Situações de Emergência.

O ministro russo do Interior, Vladimir Kolokóltsev, foi ao local do crime e a Procuradoria Geral abriu três processo penais: por tomada de reféns, assassinato e tentativa de assassinato de agente da polícia.

Segundo o Código Penal russo, Sergei, ao ser menor de idade, não pode ser condenado a uma pena maior de dez anos de privação liberdade, que terá que cumprir em um reformatório.

O prefeito de Moscou, Sergei Sobianin, ordenou hoje reforçar as medidas de segurança em todas as escolas da capital, após destacar que, após os fatos desta manhã, a videovigilância que é realizada nos centros educativos é “claramente insuficiente”.

“Por isso, tomei a decisão de realizar uma revisão a fundo dos sistemas de segurança das escolas e adotar medidas adicionais”, disse Sobianin à Agência oficial RIA Novosti. 

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