Advogado alvo da Custo Brasil se entrega em São Paulo

  • Por Estadão Conteúdo
  • 27/06/2016 10h02
Agencia Brasil Guilherme Gonçalves

O advogado Guilherme Gonçalves, último procurado da Operação Custo Brasil, se entregou, no último domingo (26), à Polícia Federal de São Paulo. Apontado pelas investigações como repassador de propinas do esquema envolvendo a empresa de informática Consist ao ex-ministro do Planejamento Paulo Bernardo, Gonçalves chegou de Lisboa no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos.

A pedido da PF, o advogado estava sob monitoramento da polícia portuguesa, desde a passada quinta-feira (23), dia da operação.

O jurista foi submetido a exames no Instituto Médico Legal e, depois, levado à custódia da Superintendência Regional da PF, na Lapa, zona oeste paulistana, onde estão outros alvos da Custo Brasil e, entre eles, Paulo Bernardo, preso também na quinta-feira.

O advogado disse que estava na Europa “a passeio”. Ele teve a prisão decretada pelo juiz Paulo Bueno de Azevedo, da 6.ª Vara Federal Criminal de São Paulo. Ao saber, na capital de Portugal, que era alvo da operação, Gonçalves anunciou, por meio de sua defesa, que se apresentaria.

Em agosto de 2015, o conselheiro jurídico, com escritório em Curitiba, foi alvo de buscas durante etapa da Lava Jato. PF e Procuradoria da República suspeitam que o escritório era usado para repasse de propina a Bernardo e custeava despesas eleitorais da senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), mulher do ex-ministro.

Os recursos teriam saído do “esquema Consist”, empresa que fechou acordo, em 2010, com entidades contratadas pelo Ministério do Planejamento na gestão de Bernardo  para gerenciar empréstimos consignados. A apuração aponta desvio de R$ 100 milhões.

Gonçalves já negou ter ligação com a fraude dos consignados, devendo ser ouvido, nesta segunda-feira (27), em audiência na Justiça Federal em São Paulo.

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