Advogado das vítimas de Abdelmassih diz que decisão da Justiça foi “equivocada”

  • Por Jovem Pan
  • 26/06/2017 18h56
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Secretaria Antidrogas do Paraguai Roger Abdelmassih

No último dia 21 de junho, a Justiça de São Paulo concedeu prisão domiciliar ao ex-médico Roger Abdelmassih, condenado a 181 de prisão por estupro das próprias pacientes. Em entrevista à Jovem Pan, o advogado das vítimas de Abdelmassih, Martim Sampaio, condenou a decisão e afirma que o Ministério Público vai entrar com uma medida judicial.

“É com profundo pesar que eu vejo essa decisão equivocada. O Ministério Público vai entrar com um recurso e um mandado de segurança contra essa medida. As vítimas, que eu represento, ficaram profundamente consternadas porque tiveram suas vidas destruídas por essa pessoa”, declarou o advogado.

Segundo Sampaio, Abdelmassih ficou foragido por quatro anos e, por conta de sua riqueza pessoal, desfrutou de condições diferenciadas enquanto esteve na prisão. “O pedido de prisão domiciliar foi obtido sem que o médico, que fez o laudo, tenha recomendado que ele (Abdelmassih) fosse para casa. Ou seja, parece que para alguns perante a lei são mais iguais do que os outros. Temos presos em pior situação, como portadores de HIV e outras sequelas, que se encontram à disposição da Justiça. Ele obteve um benefício legal que ninguém obtém ”, explicou.

O advogado ressalta que as vítimas do ex-médico estudam formalizar uma reclamação formal perante ao Conselho Nacional de Justiça, denunciando todas os benefícios de Roger Abdelmassih na prisão.

“Ele já tinha regalias, foi denunciado e não foi investigado. Ele foi favorecido porque poderia ter cumprido a pena tomando a medicação dentro do presídio de Taubaté”, afirmou.

“Ele representa um grave risco à segurança pública. É um predador sexual serial e as vítimas estão amedrontadas. A sociedade quer uma resposta que seria a revogação desse benefício”, completou Martim Sampaio.

*Com informações do repórter Anderson Costa

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