Advogado venezuelano se acorrenta na fronteira em defesa de colombianos
Cúcuta (Colômbia), 28 ago (EFE).- O advogado venezuelano Gleider Galvis se acorrentou nesta sexta-feira em um posto de controle migratório da ponte internacional Simón Bolívar em defesa dos colombianos que foram deportados ou obrigados a deixar a Venezuela.
Galvis, de 39 anos, chegou esta manhã ao posto fronteiriço de Cúcuta procedente de San Cristóbal, capital do estado de Táchira, cuja comunicação terrestre com a cidade colombiana de Cúcuta está fechada há nove dias por ordem do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro.
Desde que Maduro declarou medidas de exceção em uma faixa fronteiriça de Táchira, mais de 5.000 colombianos chegaram a Cúcuta, entre deportados e os que optaram por sair da Venezuela.
O advogado diz que está “em desacordo com o que estão fazendo com os colombianos” e como demonstração de solidariedade se acorrentou “por um tempo indefinido”, relatou à Agência Efe sua amiga Tatiana Ángel, que acompanha Galvis junto aos parentes do advogado.
Galvis, também analista político da Universidade Fermín Toro de Barquisimeto, conseguiu sair esta manhã da Venezuela por um dos cruzamentos ilegais para viver de perto o êxodo dos colombianos que cruzaram o rio Táchira com suas vidas nas costas.
Colômbia e Venezuela compartilham uma fronteira de 2.219 quilômetros com três postos migratórios terrestres em Paraguachón (La Guajira), Cúcuta (Norte de Santander) e Arauca (Arauca), e um fluvial em Puerto Carreño (Vichada), e os demais são cruzamentos ilegais, muitos deles em áreas de selva.
“Quero que saibam que não estão sós, que somos venezuelanos e que estamos em total desacordo com o que estão fazendo com os irmãos colombianos”, declarou Ángel.
Galvis já se acorrentou no passado como forma de protesto pela opacidade de seu governo na hora de informar sobre o estado de saúde do então presidente da Venezuela, Hugo Chávez, falecido em março de 2013. EFE
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