Aécio diz que apoio de Marina não foi “decisão fácil” para ela

São Paulo, 14 out (EFE).- O candidato à presidência, Aécio Neves (PSDB), admitiu nesta terça-feira que a decisão de Marina Silva (PSB) de apoiá-lo no segundo turno não foi algo fácil para a terceira colocada no primeiro turno.

“Estou feliz pelo apoio de Marina. Sei que não foi uma decisão fácil. Outros períodos virão”, disse Aécio em uma breve entrevista coletiva em São Paulo horas antes do primeiro debate televisivo do segundo turno entre ele e a presidente e candidata à reeleição, Dilma Rousseff (PT).

Aécio se declarou “extremamente feliz pelo apoio espontâneo e com reflexão” da ex-ministra do Meio Ambiente e reconheceu que foi uma decisão complexa para ela “por representar um conjunto de pensamentos na sociedade que não era o mais próximo de nós”.

O senador afirmou que Marina tomou uma decisão “a favor do Brasil”, ao agradecer todos os líderes e partidos políticos que a apoiaram, e que se uniram agora à sua campanha no segundo turno.

O tucano não deu detalhes de como será a participação de Marina, que teve 21,32% dos votos, em sua campanha.

“Não vou cobrar absolutamente nada”, ao responder sobre a possível participação de Marina.

Aécio ainda aproveitou a coletiva para acusar Dilma de atuar de forma “desesperada” durante a campanha e acusou o governo de se apoiar em um “vale tudo” porque estaria “assustado com o que está acontecendo”.

“Está (o governo) com medo de perder as eleições. Estamos a 12 dias, apenas 12 dias nos separam da libertação e vamos tirar o peso do PT das costas dos brasileiros. Vamos permitir ao Brasil viver um governo mais generoso e que uma o país”, destacou.

Para Aécio, o atual governo “está dividindo o país de forma rancorosa”, entre PT e PSDB, “entre nordeste e sudeste, entre norte e sul”.

No entanto, Aécio assegurou que, apesar de ter a “alma leve”, está pronto para “debater propostas, rebater cada calúnia e cada difamação da campanha da adversária” e reiterou que o “ciclo do PT está perto do fim”. EFE