Afeganistão adia anúncio dos resultados eleitorais

  • Por Agencia EFE
  • 23/04/2014 07h04
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Cabul, 23 abr (EFE).- A Comissão Eleitoral Independente (IEC, sigla em inglês) do Afeganistão adiou até o próximo sábado o anúncio dos resultados preliminares das eleições presidenciais realizadas no último dia 5, informou nesta quarta-feira a imprensa local.

O anúncio dos resultados preliminares estava previsto para amanhã, mas, por causa do atraso, será divulgada apenas uma nova apuração parcial, de acordo com um comunicado da IEC citado pela agência “AIP”.

“A comissão tem responsabilidade com o eleitorado afegão. A comissão está comprometida com a proteção de seus votos e a determinação dos resultados com a maior integridade”, afirmou no comunicado o presidente da IEC, Ziaulhaq Amarkhil.

No domingo, o órgão eleitoral anunciou resultados parciais com quase a metade dos votos apurados.

Abdullah Abdullah segue à frente na corrida presidencial com 44,4% dos votos, o que confirmou a tendência mostrada uma semana antes com a apuração de 10% dos votos.

O segundo candidato mais votado é Ashraf Gani, com 33,2%, seguido por Zalmai Rasul, com 10,3% dos votos.

Caso sejam mantidos os resultados atuais, um segundo turno será realizado para o final de maio com os candidatos mais votados – Abdullah e Gani -, já que nenhum deles conseguiria mais de 50% dos votos.

As eleições vão decidir quem será o sucessor do presidente Hamid Karzai, no cargo há mais de 12 anos, após vencer em 2004 e 2009, e que está impossibilitado de concorrer a um terceiro mandato pela Constituição afegã.

O desenvolvimento das eleições foi elogiado pelos aliados do Afeganistão e calcula-se que a participação foi próxima de 60%, apesar das ameaças dos talibãs de atentar contra quem participasse do processo eleitoral.

As tropas da Otan mobilizadas no Afeganistão se encontram em pleno processo de retirada e transferem gradualmente as competências de segurança à polícia e ao Exército afegãos.

A retirada será concluída em dezembro, se forem cumpridos os prazos previstos, mas a comunidade internacional cogita a manutenção de certa presença militar em solo afegão para além dessa data. EFE

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