Afeganistão diz que abateu um general paquistanês entre os talibãs

  • Por Agencia EFE
  • 20/08/2015 06h58
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Cabul, 20 ago (EFE).- O primeiro vice-presidente do Afeganistão, o general Abdul Rashid Dustom, afirmou que as tropas afegãs abateram um general da inteligência paquistanesa em um combate contra talibãs na província noroeste de Faryab.

“Um dos generais do ISI (Inter Services Intelligence, principal agência de inteligência paquistanesa) conhecido como Shaikh Haji, morreu há quatro dias após receber um disparo no olho direito”, indicou Dostum, de acordo com uma declaração divulgada nesta quinta-feira pelo Departamento de Imprensa da Polícia de Faryab.

Dostum, que esteve no norte do país nas últimas semanas para coordenar as operações militares contra os talibãs, indicou que a morte do general paquistanês mostra que a luta “é contra o ISI “.

Semana passada o governo afegão acusou diretamente o Paquistão de patrocinar e inclusive estar por trás dE ataques talibãs em seu território.

O chefe do governo afegão, Abdullah Abdullah, responsabilizou Islamabad por sua inação contra os altos comandantes talibãs dos últimos ataques na capital afegã, mas foi a inteligência afegã que foi além, acusando-o de instigar os atentados.

O porta-voz do NDS (a inteligência afegã), Abdul Hassib Sediqi, acusou o país vizinho de treinar e financiar os insurgentes afegãos como parte de uma guerra através de terceiros contra o seu país.

“Nossa guerra não é uma guerra interna afegã. Nos últimos anos os talibãs não estiveram liderados por nenhum chefe afegão, mas por vários comandantes militares paquistaneses”, disse.

Ontem o Afeganistão acusou o Paquistão de atacar com artilharia pesada desde a fronteira comum e matar oito policiais afegãos, além de ferir outras 11 pessoas, em um incidente sem precedentes nos últimos anos nessa região.

O Paquistão patrocina o diálogo iniciado em julho em seu território entre oAfeganistão e os talibãs, processo que foi suspenso após o anúncio, no final do mês passado, da morte do fundador do movimento talibã, mulá Omar.

O Afeganistão pediu ao Paquistão que fique fora desse processo. EFE

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