Agência espacial perde contato com satélite mexicano após falha em foguete

Moscou, 16 mai (EFE).- Uma falha no foguete Proton-M que lançou o satélite mexicano Centenário neste sábado, da Base de Baikonur (Cazaquistão), causou a perda de contato com o aparelho de telecomunicações, informaram fontes da agência espacial russa Roscosmos.

“Hoje, 16 de maio de 2015, durante o lançamento do foguete Proton-M com o satélite Mexsat-1 houve uma situação de emergência. As causas estão sendo investigadas”, afirmou a agência em comunicado.

Segundo as fontes, “o satélite mexicano não se separou da terceira etapa e possivelmente ficará perdido. O aparelho não foi levado à órbita”.

O lançamento ocorreu às 0h47 deste sábado (2h47 em Brasília) e foi transmitido ao vivo.

De acordo com a programação, o satélite mexicano seria posto em órbita geoestacionária na posição de 113 graus de longitude oeste, a uma altitude de 36 mil quilômetros da Terra, para oferecer serviços de telecomunicações ao México e parte da América do Sul. No entanto, uma fonte da agência espacial declarou que o satélite “não se separou nem mil quilômetros da Terra”.

O lançamento do Centenário estava inicialmente previsto para o dia 29 de abril, mas foi adiado a pedido da Boeing Satellite Systems International.

Essa é a segunda falha em menos de 24 horas no programa de exploração espacial russo, depois que não foi possível ativar os motores do cargueiro espacial Progress.

No dia 28 de abril, uma falha no lançamento de outra nave com carga para a tripulação da Estação Espacial Internacional (ISS, sigla em inglês) causou a perda e a desintegração do cargueiro.

O satélite mexicano tem uma antena de 26 metros de diâmetro e deveria estar em pleno funcionamento 10 meses após ser lançado.

O Centenário tem uma vida útil de 15 anos e faz parte do sistema de satélites mexicanos (Mexsat), integrado pelo satélite de comunicação fixa Bicentenário, lançado em dezembro de 2012, e os de comunicações móveis, o Centenário, lançado neste sábado, e o Morelos III, que deverá ser colocado em órbita nos últimos meses deste ano. EFE