Agência europeia recomenda às companhias aéreas evitarem voos a Tel Aviv
Berlim, 23 jul (EFE).- A Agência Europeia de Segurança Aérea (EASA) recomendou nesta quarta-feira às companhias aéreas do continente a não voar ao aeroporto de Tel Aviv, devido ao elevado risco relacionado ao atual conflito entre israelenses e palestinos.Em comunicado, a EASA pediu aos “usuários do espaço aéreo” europeu que evitem operar “ao e desde” aeroporto internacional Ben Gurion, uma medida similar à adotada pela Administração Federal de Aviação (FAA) dos Estados Unidos, que ontem proibiu as companhias aéreas do país a voar para este aeroporto.
A recomendação, que “não é tem cumprimento obrigatório”, como a própria EASA lembra em sua nota, ficará em vigor “até novo aviso”, enquanto a proibição americana apresenta uma validade de apenas 24 horas.
A EASA se compromete a seguir monitorando esta “ameaça para a segurança” e a atualizar suas recomendações às companhias aéreas europeias, assim como autoridades nacionais, conforme a evolução da situação no Oriente Médio.
Perante a “insegura situação” do aeroporto Ben Gurion, as duas principais companhias aéreas alemãs, Lufthansa e Air Berlim, anunciaram ontem o cancelamento de seus voos a Israel durante 36 horas.
A Air France, por sua parte, cancelou ontem seus voos à capital israelense “até nova ordem”, enquanto a British Airways optou por manter suas conexões diárias.
Situado a 17 quilômetros de Tel Aviv, Ben Gurion é o principal aeroporto internacional de Israel e concentra mais de 95% do tráfego aéreo com outros países.
No entanto, um foguete do tipo M75, disparado por militantes do movimento islamita Hamas, conseguiu atravessar o escudo do sistema antimísseis “Cúpula de Ferro” e causou danos consideráveis em um chalé particular da pequena cidade de Yehud, situada a menos de um quilômetro do aeroporto.
Como os foguetes palestinos seguem uma trajetória balística e são de baixa precisão, as autoridades israelenses não sabem se o alvo do foguete caído em Yehud era mesmo o aeroporto ou alvo em território israelense. EFE
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.