Agentes de Pinochet são condenados no Chile por desaparecimento
Santiago (Chile), 16 mar (EFE).- A Corte Suprema do Chile condenou a dez anos e um dia de prisão cinco antigos agentes da ditadura de Augusto Pinochet pelo sequestro qualificado (desaparecimento) de um militante comunista em 1974, informaram fontes judiciais nesta segunda-feira.
Entre os condenados está o general Manuel Contreras, chefe da Direção de Inteligência Nacional (Dina), a polícia secreta do regime e que acumula sentenças em mais de 400 anos de prisão por violações dos direitos humanos. Os outros condenados são o brigadeiro Miguel Krassnoff Martchenko, o coronel Marcelo Moren Brito e os antigos suboficiais Basclay Zapata Reyes e Nelson Paz Bustamante.
A vítima foi Sergio Riveros Villavicencio, tipógrafo e militante do Partido Comunista, que foi detido por agentes da Dina em 15 de agosto de 1974 em sua casa e levado até um centro de torturas em pleno centro de Santiago. Ele nunca foi encontrado.
Em primeira instância, o juiz especial Alejandro Solís tinha condenado Contreras e os demais acusados a 15 anos de prisão por este crime. Na parte civil, a Corte Suprema ordenou o Estado chileno a pagar uma indenização de 300 milhões de pesos (R$ 1.540.526), divididos em três partes iguais, à esposa e os dois filhos da vítima. EFE
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