Palma de óleo é ponto de partida para a transição energética no Norte do país
No terceiro episódio da websérie “Bruno In Loco”, o apresentador Bruno Meyer explica como o Grupo BBF (Brasil BioFuels) realiza a produção de biocombustíveis e anuncia as inovações promovidas pela empresa no setor
A semente da palma de óleo, apesar de fisicamente pequena, tem um potencial enorme: após o ciclo completo do plantio e colheita dos frutos, é produzido o óleo de palma, que se transforma em biocombustíveis, utilizados para geração de energia renovável que atende mais de 140 mil moradores no Norte do Brasil. Laila Souza, coordenadora agrícola, explica o processo: “A gente recebe o material genético e faz uma seleção para identificar se as sementes estão aptas para serem semeadas em pré-viveiro. É um controle para que a planta seja desenvolvida e para que nossa perda seja mínima”. A Laila é colaboradora do Grupo BBF, que atua desde 2008 seguindo um modelo de negócio verticalizado, que começa no cultivo sustentável da palma de óleo, passa pela produção de biocombustíveis e chega à geração de energia elétrica limpa, renovável e mais barata para a população. No último episódio da websérie “Bruno In Loco”, uma parceria entre a Panflix e o Grupo BBF, o apresentador Bruno Meyer, que foi até São João da Baliza, em Roraima, onde fica a sede da empresa, traz os detalhes de como a BBF realiza a produção de biocombustíveis, como o biodiesel produzido a partir do óleo de palma, e as inovações promovidas pela empresa no setor. Confira:
O processo contribui diretamente com a recuperação da floresta amazônica – uma vez que o trabalho com a palma de óleo é feito em terras que foram degradadas no passado e, agora, voltam a ser produtivas – e com o meio ambiente como um todo, uma vez que com a energia renovável gerada a partir de biocombustíveis, a BBF retira cerca de 43 milhões de litros de óleo diesel por ano do estado de Roraima. A substituição do diesel fóssil poupa a emissão de 100 mil toneladas de carbono da atmosfera. A solução, além de benéfica para o meio ambiente, diminui os riscos da falta de abastecimento de energia no estado de Roraima. O diesel fóssil tem alto teor de enxofre e percentual de hidrocarbonetos policíclicos aromáticos – itens comprovadamente cancerígenos, e que ainda contribuem para a ocorrência de chuvas ácidas na região. Por isso, o biodiesel produzido a partir da palma de óleo é a opção ideal para substituir o óleo diesel derivado do petróleo.
Mas para além dessa atuação amiga da natureza, a BBF também beneficia o entorno da região. “Quando o Milton Steagall, CEO do Grupo BBF, falou que ia instalar a empresa aqui, eu comemorei. Seria a primeira empresa que viria para a região trazendo empregos, renda e condições para o desenvolvimento”, disse José Luiz Zago, empresário do agronegócio. Nesse sentido, vale ressaltar que o cultivo da palma de óleo não pode ser mecanizado – é 100% manual, o que agrega valor à renda local e desenvolve a região. Ou seja: é bom para o município, para o estado e para o planeta.
Por meio de processo verticalizado e integrado, a BBF cultiva mais de 75 mil hectares de palma de óleo nos estados do Pará e Roraima. A partir daí, a empresa produz biocombustíveis utilizados para abastecer 25 usinas termelétricas na região Norte. Em Roraima, a BBF gera energia limpa e renovável para mais de 31 mil moradores com sua nova usina híbrida. No segundo episódio da websérie, Bruno e sua equipe visitaram a recém-inaugurada usina híbrida, cuja capacidade instalada é de 7.9 megawatts. Movida a óleo vegetal e biomassa – ambos oriundos da palma de óleo – a operação é inovadora e 100% sustentável. Assista:
Além de todo impacto positivo ao meio ambiente e da geração de empregos e desenvolvimento, o óleo de palma é fundamental para a transição energética do Brasil. Antigamente, em Roraima, os moradores dependiam quase que inteiramente de uma energia elétrica cara, instável e precária, produzida a partir de geradores de diesel e óleo combustível. Essa realidade mudou com o biocombustível e a geração de energia renovável da BBF, tanto para gerar energia limpa em São João da Baliza quanto para dezenas de comunidades isoladas da Amazônia.
Futuro
O Grupo BBF ainda é pioneiro no desenvolvimento do Diesel Verde, o chamado HVO, e também no Combustível Sustentável de Aviação, o SAF. São biocombustíveis inéditos, que serão produzidos a partir de 2025 na nova biorrefinaria da BBF, atualmente em construção na Zona Franca de Manaus. O Grupo também planeja ampliar o cultivo da palma de óleo para mais de 100 mil hectares adicionais até 2025, em São João da Baliza, que serão usados exclusivamente para a produção desses dois biocombustíveis de 2ª geração. Tanto o Diesel Verde quanto o SAF são combustíveis que não exigem mudanças nos motores dos veículos e nem no processo de abastecimento – ou seja, a substituição pode ser feita de forma imediata, e com enormes benefícios para o meio ambiente. “Hoje, o mercado busca o que é sustentável. Temos um potencial imenso. Diferentemente de outras soluções, como o carro elétrico, na aviação a solução é o SAF, pelo menos para os próximos 30 anos”, conclui Milton Steagall, CEO do Grupo BBF.
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