AI pede mais “rotas legais” para que imigrantes cheguem à Europa

  • Por Agencia EFE
  • 05/08/2015 17h59
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Londres, 5 ago (EFE).- A organização humanitária Anistia Internacional (AI) pediu nesta quarta-feira que sejam abertas novas “rotas legais” para que os imigrantes que necessitem de proteção possam entrar à União Europeia (UE) “sem arriscar suas vidas”.

O pedido é feito depois que uma embarcação que se dirigia à Itália naufragou nesta tarde a 24 quilômetros do litoral da Líbia. Ao todo, 400 pessoas sobreviveram e 25 corpos foram recuperados do mar. Apesar da operação de resgate ter sido encerrada, os sobreviventes relataram que no momento do naufrágio podiam viajar no barco cerca de 600 pessoas.

“Este fatal acidente enfatiza que os governos europeus devem implementar imediatamente rotas legais e seguras que possam ser utilizadas por aquelas pessoas que necessitam de proteção”, afirmou o diretor da AI para a Europa e Ásia Central, Denis Krivosheev, em comunicado.

A organização humanitária pediu que a entrada à Europa seja facilitada através de vistos e permissões de reunificação familiar. A organização também solicitou o fim das restrições na liberdade de movimentos a aqueles que obtiveram asilo.

Anistia Internacional ressaltou que o incidente de hoje no Canal da Sicília é o naufrágio mais grave desde o final de abril, quando os países da UE decidiram ampliar as operações de resgate no Mediterrâneo.

“Os imigrantes estão cruzando o Mediterrâneo aos milhares quase todas as semanas buscando segurança e uma vida melhor na Europa. Desse jeito, os incidentes fatais no mar vão continuar sendo uma realidade trágica”, afirmou Krivosheev.

A Organização Internacional de Migrações (OIM), com sede em Genebra, divulgou ontem que mais de 2 mil pessoas morreram neste ano ao tentar atravessar o Mediterrâneo, 25% a mais do que no mesmo período de 2014, quando morreram 1.600. EFE

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