AIEA começa nova avaliação do desmantelamento de Fukushima
Tóquio, 9 fev (EFE).- Uma equipe de especialistas da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) começou uma nova avaliação do processo de desmantelamento da usina nuclear de Fukushima.
A missão de 15 especialistas, que segue outra enviada por este organismo com sede em Viena em abril de 2013, analisará como o governo japonês e a operadora da unidade, a Tokyo Electric Power (Tepco), estão encarando os principais problemas deste processo de desmantelamento que poderia se estender por quatro décadas.
Como proceder com o acúmulo de água radioativa na usina continua sendo “uma das partes mais importantes a médio prazo” quase quatro anos depois que um terremoto e tsunami provocaram a crise nuclear, explicou Juan Carlos Lentijo, responsável da equipe de especialistas da missão da AIEA.
“Em 2013 vimos como o governo do Japão e a Tepco estavam tomando medidas preventivas muito impressionantes para encarar esse desafio. Um de nossos objetivos nesta missão é revisar como funcionaram estas medidas e se a situação melhorou”, disse Lentijo em declarações publicadas pela agência de notícias “Kyodo”.
Outro dos objetivos desta visita, que é a terceira da AIEA desde o desastre de 2011 e durará uma semana, será avaliar o avanço dos complicados trabalhos de extração de combustível parcialmente fundido de três dos seis reatores da usina.
Após as primeiras revisões deste tipo que foram feitas em abril, novembro e dezembro de 2013, Tóquio pediu em setembro passado que se continuasse com este tipo de visita para que a AIEA continuasse assessorando o Japão em seus esforços de desmantelamento da central.
No começo do ano, o governo japonês informou que o organismo de controle nuclear da ONU também enviará uma equipe de revisão de segurança à unidade de Kashiwazaki-Kariwa, na cidade de Niigata (centro), depois que a Tepco, proprietária de Fukushima, o solicitou.
A equipe comprovará a segurança dos equipamentos desta usina, considerada a maior do mundo, a fim de que a Tepco possa reativar dois de seus reatores para enfrentar as enormes perdas que lhe representou o acidente de Fukushima. EFE
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