Ainda há sangue no chão, relata brasileiro em Paris

  • Por Jovem Pan
  • 14/11/2015 08h42
EFE/EPA/JULIEN WARNAND Policiais forenses carregam evidências da casa de show Bataclan na manhã deste sábado em Paris

O fotógrafo brasileiro Fernando Pinheiro mora a 100 metros do Bataclan, casa de show parisiense onde mais pessoas morreram na noite desta sexta (13), em atentados atribuídos ao Estado Islâmico.

Ele andou pelas ruas da capital francesa na manhã deste sábado e acompanhou a movimentação. “As vias estão fechadas”, conta Pinheiro. Conforme as horas da manhã se passavam, aumentava o trabalho da perícia no local. Ao passar pelo Bataclan, o brasileiro notou a presença de “muitos curiosos, e ainda havia sangue no chão”.

O depoente também contou a o sentimento de horror que presenciou de perto de seu apartamento. Primeiro, estranhou a movimentação intensa de carros de polícia e bombeiros.

Eles usavam as as vias de acesso à região da Praça da República (Place de la Republique), uma das mais importantes de Paris. A praça, que também foi alvo de ataque, está a 750 metros do Bataclan.

“O sentimento era de que os terroristas estavam pela cidade metralhando. A gente não sabia se poderia andar pela rua, se os atentados tinham terminado ou não”, conta Fernando.

“Estado de guerra”

Apesar do medo e de entender que Paris vive no momento um “estado de guerra”, o brasileiro diz que está “fora de questão deixar a França”. Ele avalia o país como muito acolhedor para imigrantes.

Ouça a entrevista completa no áudio acima.

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