Ajuste fiscal deve ser rápido para diminuir fraqueza econômica, diz Levy

  • Por Jovem Pan
  • 19/07/2015 11h03
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O presidente do Carf, Carlos Alberto Barreto, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, e o presidente nacional da OAB, Marcus Vinicius Furtado, durante coletiva no ministério (Marcello Casal Jr/Agência Brasil) Marcello Casal Jr./ABr Joaquim Levy

Enquanto as alas do governo discutem a diminuição dos cortes das contas públicas, o ministro da Fazenda Joaquim Levy defende o cumprimento da meta de poupar 1,1% do Produto Interno Bruto. “Não tem fla-flu. Os observadores às vezes têm essa ilusão. As pessoas pensam ‘ah, então baixou a meta porque acabou o ajuste’. Na verdade, se tiver de baixar a meta é porque o ajuste tem de continuar, se aprofundar”, explica em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo.

Algumas alas propõem a redução da meta para 0,6% do PIB para terem mais liberdade de gastos, uma vez que usam o argumento de que 1,1% é impossível de se alcançar em ano de recessão. Para Levy, quanto mais demorar a conclusão do ajuste “mais caro vai ser”.

O ministro afirma que as medidas apresentadas têm que ser cumpridas para que o ciclo de investimento seja retomado. “Se a pessoa não sabe quanto tempo vai demorar o ajuste, ela não tem condições de tomar decisões. Não tomando decisões, diminui o investimento, diminuindo a capacidade da economia”, e completa, “a fraqueza da economia vem de incertezas, indefinições, de o ajuste não estar completo”.

Entre as iniciativas para aumentar a receita do governo, o ministro cita a abertura do capital da Caixa Seguridade, o leilão da folha de pagamento do setor público e a cobrança de R$70 bilhões que estavam parados no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf). Apesar disso, ressalta que não descarta mais cortes. “Depende de a receita não comportar o cumprimento da meta”, diz.

Com relação ao impeachment da presidente Dilma Rousseff, Levy declara não ver razões para o afastamento. “Com base em quê?”, questiona, “até agora não consegui ver bases para isso”.

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