Al Assad afirma estar disposto a apoiar qualquer plano para acabar com guerra

  • Por Agencia EFE
  • 11/02/2015 12h11

Damasco, 11 fev (EFE).- O presidente sírio, Bashar al Assad, afirmou nesta quarta-feira, durante uma reunião em Damasco com o enviado da ONU para a Síria, Staffan de Mistura, estar disposto a apoiar qualquer proposta para acabar com a guerra e proteger as vidas dos civis.

Uma fonte oficial disse à Agência Efe que Al Assad manifestou “a disposição da Síria a respaldar qualquer iniciativa ou ideia que contribua para solucionar a crise e proteger as vidas dos cidadãos e instituições do Estado”.

Além disso, insistiu na necessidade de pressionar todos os países para que apliquem as resoluções 2170 e 2178 do Conselho de Segurança, para congelar os fundos e o fluxo de “terroristas” na Síria.

A fonte explicou que, durante o encontro, o líder e o mediador internacional falaram de novos detalhes do plano de De Mistura para deter a luta em Aleppo em “um ambiente positivo e construtivo”.

De Mistura expressou sua esperança que todas as partes envolvidas no conflito cooperem para apoiar sua proposta, a fim de restabelecer a segurança em Aleppo, como ponto de partida para fazer o mesmo em todo o território sírio.

Em entrevista coletiva mais tarde, De Mistura reconheceu que um dos assuntos abordados com as autoridades sírias foi esse plano, segundo um comunicado emitido pelo escritório do mediador internacional.

Ele explicou que durante sua estadia em Damasco teve “discussões intensas” com as autoridades do país, o governo e, nesta manhã, participou de “uma longa reunião” com Al-Assad.

O emissário da ONU, que não quis dar detalhes sobre o conteúdo das conversas, explicou que durante a visita focou na “importância para o povo sírio de reduzir a violência e aumentar do acesso sem impedimentos da ajuda humanitária para todos os sírios”.

De Mistura ressaltou que o eixo central de sua missão é “tentar e facilitar qualquer processo político que conduza a uma solução política do conflito, que durou demais e não tem nenhuma saída militar”.

Ele também disse que informará sobre o resultado de sua viagem ao secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, e ao Conselho de Segurança, que deve realizar uma sessão especial sobre a Síria no dia 17 de fevereiro.

Esta é a terceira visita do enviado ao território sírio desde que foi nomeado, em julho do ano passado. Em novembro, se reuniu em Damasco com Al Assad, que considerou “digno de estudo” seu plano para deter a violência em Aleppo a fim de permitir a entrada de assistência humanitária e abrir caminho para uma solução política.

A proposta do diplomata sueco-italiano consiste na criação de “zonas livres” de conflito no país, começando por Aleppo. Se a medida foi bem-sucedida no local, se estenderá por outras partes da Síria.

Durante os últimos meses, De Mistura viajou pelo Oriente Médio e outros lugares do mundo para conversar com as partes envolvidas em uma guerra que já causou mais de 200 mil mortes desde março de 2011, segundo a ONU.

A mediação de De Mistura ocorre depois da falta de resultados de seus dois antecessores no cargo, o ex-secretário-geral da ONU Kofi Annan e o diplomata argelino Lakhdar Brahimi. EFE

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