Al Qaeda afirma ter matado dezenas de membros de segurança no Iêmen
Sana, 8 out (EFE).- Um dos braços da Al Qaeda no Iêmen afirmou nesta quarta-feira que matou dezenas de pessoas em vários ataques simultâneos perpetrados contra vários quartéis militares, delegacias e sedes governamentais na província Al Baida.
Segundo um comunicado divulgado pelo grupo Ansar al Sharia nas redes sociais, “dezenas de soldados do Exército pertencentes ao movimento rebelde xiita houthi morreram e sofreram ferimentos em ataques dos mujahedin contra quartéis”.
No entanto, nenhuma fonte oficial confirmou ou desmentiu tais informações até o momento. Nos últimos meses, a Al Qaeda acusou os militares iemenitas de pertencerem a essa milícia xiita.
Em sua nota, Ansar al Sharia, que não cita números, explica que um suicida chamado Abu Dayana al Lahchi ateou fogo em si mesmo em um caminhão carregado com uma tonelada de explosivos em um quartel das forças da Segurança Central na cidade de Al Baida, capital da província homônima, a cerca de 270 quilômetros ao sudeste da capital iemenita.
Também assinalou que foram atacadas sedes da Segurança geral e da Polícia de Salvamento, assim como o complexo administrativo do governo local de Al Baida, além de dois postos de inspeção militar nos acessos da cidade.
O grupo extremista informou que seus ataques respondem à suposta intenção do grupo xiita dos houthis de lutar contra os sunitas de Al Baida, com o pretexto de combater a Al Qaeda.
A província de Al Baida é um dos mais importantes redutos da Al Qaeda no Iêmen, já que contam com um amplo apoio das tribos nas remotas zonas montanhosas da zona.
Esta onda de ataques ocorre um dia depois que o presidente iemenita, Abdo Rabbo Mansour Hadi, designou ao chefe de seu gabinete, Ahmed Ben Mubrak, para formar um novo governo em cumprimento de um acordo de paz assinado em setembro entre Sana e os rebeldes xiitas.
No entanto, poucas horas depois os houthis (Ansar Alá) expressaram seu rejeição à designação e ameaçaram continuar os protestos até a eleição de um chefe do governo em consenso. EFE
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.