Al Shabab reivindica massacre de 36 trabalhadores em pedreira no Quênia

  • Por Agencia EFE
  • 02/12/2014 08h30

Nairóbi, 2 dez (EFE).- A milícia terrorista islâmica somali Al Shabab reivindicou por meio de um comunicado o massacre realizado durante a madrugada de pelo menos 36 trabalhadores de uma pedreira em Mandera, no Quênia.

“Em outra bem-sucedida operação levada a cabo pelos mujahedins, cerca de 40 quenianos encontraram a morte após uma unidade da brigada Saleh Nahban (nome do líder da Al Qaeda na Somália morto em um bombardeio dos EUA em 2009) os atacar em Koromei, nos arredores de Mandera”, afirmou o texto divulgado pela emissora somali “Al-Andalus”.

O porta-voz da Al Shabab, Ali Mohamud Rage, disse que a ação “faz parte de uma série de ataques planejados” no Quênia.

Há apenas uma semana um ataque do grupo em Kundura deixou 28 pessoas mortas. “É uma resposta à ocupação queniana de terras muçulmanas, assim como às atrocidades cometidas pelo governo deste país”, acrescentou Mohamud Rage.

O jihadista destacou, além disso, o “contínuo sofrimento” dos jovens muçulmanos na cidade queniana de Mombaça, onde recentemente a polícia queniana realizou batidas em mesquitas.

O ataque de hoje aconteceu na cidade de Koromei quando, em um acampamento próximo a uma pedreira, homens fortemente armados separaram os trabalhadores muçulmanos dos cristãos, e dispararam ou decapitaram estes últimos, declararam fontes policiais ao jornal queniano “Daily Nation”.

O comunicado de Al Shabab advertiu que, se o governo do Quênia persistir em “matar muçulmanos inocentes”, o grupo terrorista “fará o que for necessário”.

Esta onda de atentados terroristas ocorre após semanas de fortes tensões entre a polícia e jovens muçulmanos em Mombaça, o porto mais importante do Quênia e próximo a uma de suas regiões mais turísticas.

O grupo Al Shabab, que em 2012 anunciou sua adesão formal à Al Qaeda, luta para instaurar um Estado islâmico wahhabista na Somália e foi incluída, em março de 2008, na lista de organizações consideradas terroristas pelo governo americano. EFE

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