Al Sisi diz que ninguém dificultará laços entre Egito e América do Sul

  • Por Agencia EFE
  • 07/05/2014 17h32
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Cairo, 7 mai (EFE).- O candidato presidencial egípcio Abdelfatah al Sisi indicou nesta quarta-feira, em reunião com vários embaixadores de países da América Latina no Cairo, que “ninguém pode dificultar” a cooperação conjunta entre Egito e esses estados.

Segundo um comunicado da campanha eleitoral de Al Sisi, essa reunião faz parte dos contatos do candidato presidencial “com os diferentes países, especialmente, com os da América do Sul, que têm relações históricas profundas com o Egito”.

A nota assinalou que na reunião participaram os embaixadores no Egito de Cuba, Brasil, Argentina, Peru, Equador, Panamá, Chile, México, Paraguai e Colômbia.

Durante a reunião, Al Sisi assegurou que o que aconteceu após o golpe de Estado de 30 de junho foi “uma revolução na qual o povo egípcio apoiou o Exército para conseguir a mudança” e lamentou que a Irmandade Muçulmana, à qual pertence o deposto presidente Mohammed Mursi, “não têm ideia sobre a administração do Estado”.

Além disso, Al Sisi acusou este grupo, declarado organização terrorista pelas novas autoridades, de “tentar entrar nas instituições do Estado e controlá-las”, e de “tentar criar um fascismo religioso no Egito”.

O candidato acrescentou que seu programa eleitoral pretende conseguir segurança e estabilidade, assim como desenvolvimento global no país.

Por outro lado, Al Sisi assinalou em reunião com chefes de redação de vários jornais egípcios que “a aplicação dos modelos da democracia ocidental sobre a realidade egípcia é uma injustiça contra os egípcios”.

“A sociedade egípcia necessita de tempo para gozar da democracia verdadeira, como deve ser”, precisou.

Em declarações recolhidas pela agência estatal de notícias “Mena”, o ex-chefe das Forças Armadas acrescentou que o Exército egípcio “está preparado para intervir na segurança nacional do Golfo árabe (Golfo Pérsico) e em todas as partes da pátria árabe, se esta segurança se encontrar em perigo”.

O candidato precisou que as Forças Armadas tomariam essa decisão sempre e quando tivessem o sinal verde do povo egípcio.

“A segurança nacional do Egito sempre está vinculada com a segurança do Golfo e com a segurança nacional árabe, e vice-versa”, afirmou.

Na segunda-feira passada, na primeira entrevista televisionada que concedeu, o candidato presidencial e principal favorito assegurou que, se for eleito no pleito de 26 e 27 de maio, “não haverá no Egito algo chamado Irmandade Muçulmana”, e revelou que sofreu duas tentativas de assassinato. EFE

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