Al Sisi justifica medidas econômicas e adverte para risco de terrorismo

  • Por Agencia EFE
  • 07/07/2014 15h16

Cairo, 7 jul (EFE).- O presidente do Egito, Abdul Fatah Al Sisi, justificou nesta segunda-feira as primeiras medidas econômicas que tomou como “insubstituíveis e necessárias” e advertiu o Ocidente do perigo internacional que o terrorismo representa.

“Não havia outra opção e as decisões econômicas não podiam ser adiada. Demorou muitos anos para (o governo) tomá-las. Nenhum governo foi capaz disso, eu fizporque morreria pelo Egito”, explicou.

Al Sisi fez um discurso à nação por causa do aniversário do início da Guerra do Yom Kippur, que começou no 10º dia desse mês do ano 1393 do calendário muçulmano (em 6 de outubro de 1973 do calendário gregoriano).

“Eu fui claro desde o princípio e disse que vamos precisar de dois anos de trabalho duro e tomaremos medidas difíceis”, lembrou Al Sisi para justificar a alta dos preços do combustível, o tabaco e o álcool como as primeiras medidas econômicas.

Ele disse estar consciente pela “dureza das decisões que tomou para resgatar a economia” do Egito.

“Estamos em uma guerra abençoada para construir o Egito e enfrontaremos todos os desafios: políticos, econômicos, de segurança, os que vem de dentro e de fora do país”, advertiu Al Sisi.

O presidente se referiu a Deus várias vezes ocasiões e pediu ajuda para o Egito a sair da crise.

E advertiu aos egípcios que tenham cuidado, já que “a religião foi utilizada como meio para destruir o país e continua sendo utilizada para derrubar Estados”.

As autoridades que chegaram ao poder após a cassação militar do presidente islamita Mohammed Mursi, em julho de 2013, declararam a Irmandade Muçulmana organização terrorista e colocaram o grupo na ilegalidade.

Muitos líderes e partidários da Irmandade foram presos no ano, anulando a confraria na cena pública.

“Olhe o que está acontecendo em nossos países irmãos. Estão destruindo e dividindo em nome da religião. Isso acontecerá com o Egito? Juro por Deus que eu não permitirei”, prometeu.

O atual líder advertiu o mundo que “o terrorismo é um perigo que ameaça a segurança internacional” e assegurou que o Exército e a Polícia egípcia lutarão contra isso no país.

Al Sisi fez assim referência ao conflito no Iraque e na Síria, onde o radical Estado Islâmico declarou um califado nos territórios tomados dos dois países. EFE

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