“Alcançaremos o desmatamento zero na Amazônia”, promete Dilma na ONU

  • Por Jovem Pan
  • 22/04/2016 13h40
EFE/Andrew Gombert Presidente Dilma assina acordo climático de Paris na sede da ONU em Nova York

Ao assinar o acordo climático de Paris, em Nova York (EUA), a presidente Dilma Rousseff classificou o documento como “histórico” e pediu a rápida adesão dos países às suas recomendações. Dilma reiterou a promessa de reduzir em 43% a emissão de gases poluentes do Brasil até 2030 e falou em alcançar o “desmatamento zero na Amazônia”.

A presidente do Brasil também pediu aos outros líderes internacionais presentes na sede da ONU uma execução maior do que a meta de US$ 100 bilhões anuais previstos o meio ambiente e defendeu que os mais pobres não fiquem com os custos do combate às mudanças climáticas.

Dilma disse que o Brasil “está determinado” a alcançar a meta de 37% de redução de gases do efeito estufa até 2025 e 43% de diminuição até 2030 (tomando como base o ano de 2005). “Alcançaremos o desmatamento zero na Amazônia”, prometeu também. O desafio seria cumprido até 2030. “Nosso desafio é restaurar e reflorestar 12 milhões de hectares de florestas”, acrescentou.

“Todas as fontes renováveis de energia terão sua participação na nossa matriz energética ampliada até atingir 40%”, afirmou ainda a presidente.

“Os riscos associados aos efeitos negativos (das mudanças climáticas) recaem fortemente sobre as populações vulneráveis do nosso país e do mundo quando nós não tomamos as medidas corretas”, disse também Dilma. “Esse combate não pode ser feito à custa dos que menos têm e dos que menos podem”, pediu.

Na fala de cerca de oito minutos sobre o meio ambiente, Dilma disse que o acordo de Paris “representou um marco histórico na construção do mundo que queremos”. Dilma assumiu o compromisso de assegurar a pronta execução do acordo no Brasil.

“Países em desenvolvimento como o Brasil têm apresentado resultados expressivos na redução das emissões e têm se comprometido com metas ainda mais ambiciosas”, afirmou também. Ela defendeu um compromisso dos países em “ampliar o financiamento do combate à mudança do clima para além dos US$ 100 bilhões anuais” e pediu um “esforço robusto do setor privado” para a redução dos poluentes.

Crise política

A presidente Dilma Rousseff dedicou os últimos segundos de sua fala sobre o meio ambiente na cúpula da ONU, em Nova Iorque, para “mencionar o grave momento que vive o Brasil”.

“A despeito disso (do grave momento), quero dizer o Brasil é um grande país com uma sociedade que soube vencer autoritarismo e construir uma pujante democracia”, disse a presidente. “Nosso povo é um povo trabalhador e com grande apreço pela liberdade. Saberá, não tenho dúvidas, impedir quaisquer retrocessos. Sou grata a todos os líderes que expressaram a mim sua solidariedade”, terminou Dilma.

Foto do texto: EFE

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