Alckmin diz que Metrô reduziu tarifa por falta de moedas
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), afirmou nesta terça-feira, 19, que a redução da tarifa em algumas estações de Metrô para facilitar o troco se deve à dificuldade para conseguir moedas em circulação. Nesta segunda-feira, 18, as estações República (Linha 3- Vermelha) e Santa Cruz (Linha 1 – Azul) vendiam bilhetes a R$ R$ 3,75.
“O Metrô tentou em todos os bancos e não conseguiu. Aliás, não é só o Metrô que está com dificuldade de conseguir moedas. Vamos tentar agora na Casa da Moeda. Agora, é preciso fabricar mais moeda”, disse.
Desde que o reajuste entrou em vigor, em 9 de janeiro, aumentando o valor da tarifa de R$ 3,50 para R$ 3,80, são frequentes anúncios no sistema de som pedindo ao passageiro que facilite o troco.
De acordo com a Casa da Moeda do Brasil, no ano passado foram fabricadas 776 milhões de moedas. O número é superior à emissão de 2014 (400.496 milhões), mas três vezes inferior à de 2013 (2,3 bilhões).
Em nota, o Banco Central do Brasil explicou que a produção foi impactada em 2014 “por necessidade de redução da despesa pública no âmbito federal”. “A área técnica do BCB tem envidado esforços para administrar os estoques disponíveis com a finalidade de atender de forma mais equânime possível às demandas”, afirmou a instituição.
Em 2015, o Banco Central do Brasil disponibilizou 685 milhões de unidades de novas moedas, alcançando 116 moedas por habitante. De acordo com o banco, existem em circulação 23,829 bilhões de unidades de moedas ou R$ 5,96 bilhões em valor, o que corresponde a uma disponibilidade per capita de R$ 29 em moedas e 118 moedas por habitante.
O BC informou ainda que não é a única fonte de moedas metálicas. “Bancos e o comércio também podem captar depósitos em moedas com seus clientes, que poderão então ser disponibilizadas para recirculação”.
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